Escalada pela primeira vez em 1943 pelo padre D´Agostini, pioneiro em muitas aventuras patagônicas, o Cerro San Lorenzo de 3705 metros de altitude é daquelas montanhas que recebe poucos escaladores.
Situada numa região remota, de acesso complicado e clima muito rigoroso, o San Lorenzo tinha até hoje apenas duas rotas de escalada, a pioneira e clássica, aberta por D´Agostini e a rota Sul-Africana, que segue o esporão sudeste da montanha.
Recentemente, explorando as possibilidades de novas escaladas na montanha, os espanhóis Orioll Baró e Jordi Corominas firmaram mais uma rota com 1.500 metros de altura no San Lorenzo.
“A nova rota é sobre uma linha de corredores de gelo em plena face leste”. Explica Corominas. “Não é de dificuldade extrema, mas é bem exposta a queda de pedras e de gelo”.
Os escaladores escolheram escalar a montanha no princípio da temporada, pois o sol do verão castiga a montanha logo cedo e isso pode ser perigoso devido ao derretimento e desprendimento de rochas. Isso sem falar que os ventos vindos do lado oposto, costumam jogar pedras desde a crista do cume.
A conquista foi feita de ataque e durou 30 horas. Quase toda a escalada foi feita em gelo, até um acantilado final, onde havia um trecho em escalada mista e escalada em rocha, que foi feita em artificial.
“A rota apresenta grande riscos objetivos”. Diz Corominas, aficionado em adrenalina e na beleza de rotas deste tipo.
A Descida foi realizada pela mesma rota, através de 40 rapéis! A via ficou batizada como “Norte Africana”.
Fonte: Desnivel