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Foram mais de 8 mil reais gastos em equipamentos, chapeletas e furadeira para equipar as mais de 80 vias no point mais promissor da escalada em São Paulo, um local com tanto potencial que não poderia ter tido um nome mais apropriado do que este: Falésia Paraíso.
Porém não precisou mais de dois anos para que este paraíso se tornasse um inferno para os habitantes locais, que cansados de reclamar da má conduta de alguns escaladores, resolveu dar um basta e fechar o local, uma medida radical para que eles pudessem reconquistar sua paz.
Os problemas com os escaladores foram vários, Bagunça, barulho, cigarro e até pessoas que não souberam ficar na moita para ir ao banheiro. O motivo final foi uma das maiores reclamações das pessoas que viviam perto da falésia: a alta velocidade dos carros dos escaladores que iam para a falésia escalar. Mesmo depois de ter sido relatado esta reclamação e divulgado nos quarto cantos, neste último final de semana um escalador em alta velocidade colidiu seu veiculo contra o carro do Senhor Renato, morador local que havia feito a reclamação.
O clima agora é de indignação pela perda deste local, que ainda não estava nem com a metade de seu potencial explorado.
Tal acontecimento vem na contramão de uma tendência de liberação de locais proibidos para escalar, como a Lapinha em Minas Gerais e o Parque do Monge no Paraná, onde escaladores lutaram durante anos com projetos e negociação junto às autoridades ambientais, realizando grandes trabalhos em prol da coletividade e dando suas caras a tapa na confiança de que os escaladores são pessoas instruídas e educadas.
Espera-se que este fato isolado não venha manchar este trabalho na luta ao Acesso às montanhas.
Fonte: Blog da Falésia Paraíso
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