Guimarães, chapada do ser

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Neste último fds as veredas da vida levaram-me para Cuiabá.


Lá apreciei a boa comida do mato grosso, vislumbrei em parte a bela chapada dos guimarães, por terra e pelo ar, mas principalmente pelo ar, em todos os sentidos, o que me fez tecer o seguinte cometário, que não se adapta apenas àquele cenário de serrado, mas para todos os cantos do Brasil:

 


“O cheiro de incêndio que paira no ar de Cuiabá, não revela a barbárie da vida humana, mas o seu próprio esvaziamento e sua mais alta leveza.


As jônicas colunas que sobem ao céu sustentam o próprio paraíso, que por sua vez, também, de forma inexorável, apóia as colunas.


Cicatrizes em brasas não são. Apenas queimam o transitório capim.


Virão as chuvas, e a rotina dos mil anos não fará da vida insustentável como Milan dizia. Vidas vazias. Não mais homem-lama de João Cabral, mas fumaça-idéia-fugaz.


Se a única questão filosófica é o suicídio, vivemos muito bem, pois já, há tempos, estamos mortos, levantando nossas escadas ao eterno.”



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