Tudo indica que em poucos dias, o hotel Plaza de Mulas terá um novo administrador: o estado provincial de Mendoza.
Desta vez um decreto do governador Celso Jaque busca salvar e recuperar os bens que foram repassados a administração privada. Essa revogação se deve à falta de cumprimento dos termos do contrato assinado em 1988 pela Sociedade de Turismo S/A., Empresas do ex-presidente do RHP Jorge Barbeito.
O imóvel será agora gerido pela Direção de Recursos Naturais Renováveis, que já administra o Parque Aconcagua, e será incorporado à Área natural Protegida.
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Assim, o órgão responsável pela gestão do Parque Aconcagua contará também com as dependências do Hotel, localizado a 4.350 metros acima do nível do mar e exatamente ao lado do acampamento base do Aconcagua, como uma nova base de operações da montanha.
“Plaza de Mulas é uma cidade inteira e nos últimos anos, o hotel foi seriamente danificado. Nossa intenção é impedir que a má gestão o levasse à ruína, pois é de uma importância vital àquela região, onde abriga desde guarda parques, até as equipes de emergência, resgate e médicos que auxiliavam em intervenções no Aconcágua.
Dessa forma, o governo pretende dar ao hotel um plano de gestão que oferecerá um serviço melhor não só para o staff da montanha, mas também para turistas e montanhistas”, disse Daniel Gomez, Chefe da Direção de Recursos Naturais Renováveis.
A proposta de construção do hotel data dos anos 80 e o início das obras ocorreu em 1990, sendo entregues em 1992, porém até hoje, nenhuma das empresas privadas que tomaram frente na administração do empreendimento pagaram as dívidas contratuais. E é exatamente nesse ponto que o Governo de Mendoza se apoiou para derrubar a gestão privada do Hotel.
Problemas
Os funcionários do Hotel estão com dúvidas do que devem fazer com as cerca de 120 reservas já adiantadas. Segundo Daniel Gomez, a proposta inicial é a de continuar prestando os serviços do Hotel para esta temporada, não causando danos aos visitantes.
O empresário Marcio Senetiner emitiu uma nota afirmando que não irá abrir mão tão facilmente do Hotel e que pretende conseguir um acordo com o governo de Mendoza, para pelo menos manter o empreendimento para esta temporada. Ainda afirmou que um recurso judicial está sendo aventado, caso o acordo com o governo não aconteça.