Este foi o apelido de uma tartaruga gigante, nascida numa das ilhas do Arquipélago de Galápagos e trazida para a unidade de pesquisas da Ilha de Santa Cruz, que é seu centro turístico.
Cada uma delas formou um ecossistema diferenciado. Você às vezes notará desertos desoladores, mangues e pântanos, noutras vezes pequenas praias e costões rochosos. Ou ainda savanas e gramíneas retorcidas, e até mesmo bosques de cactos e densas florestas. Estes ambientes se sucedem numa mesma ilha ou entre ilhas próximas.
O isolamento entre as ilhas tornou-as laboratórios vivos da evolução das espécies. A fauna é única mas não é rica, a não ser sob o mar. É escassa em mamíferos, por não poderem suplantar sem água ou alimento a enorme distância que o Arquipélago fica da costa. Destes, só existem seis espécies, todas naturalmente aquáticas.
Pois Lonesome George era o último exemplar de sua espécie, uma tartaruga gigantesca com uma fenda na sua carapaça que permitia grande alcance a seu fino e ágil pescoço. Durante quarenta anos foi criada solitária no centro de pesquisas, daí o seu nome.
A escolha dos parceiros para acasalamento é uma prática delicada, pois só resultará uma prole se houver compatibilidade genética. Este é atualmente o caso no Brasil da ararinha azul, espécie quase extinta, da qual se esperam filhos a partir de um único casal.
Bem, um dia, aos cem anos e ainda jovem, Lonesome George morreu. Havia porém a esperança de que, dado o longo período de incubação, algum ovo ainda poderia mostrar-se fértil. Mas, decorrido o prazo, nada aconteceu. E a espécie deste ser solitário acabou tristemente extinta, como tantas outras na face da terra.