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A novela da reforma do camping do Marumbi continua e já perdeu a graça de tantos episódios, afinal nenhuma novela conseguiu durar tanto tempo! A deste camping já se arrasta por 5 anos.
O último episódio contou com a presença do governador Beto Richa num dia ensolarado com direito a discurso e promessas de investimento nos parques estaduais, o programa "Parques do Paraná".
Tudo parecia que seria o fim da novela com final feliz. Reforma concluída, 600 mil reais investidos na Unidade de Conservação que abriga a montanha que recebeu a escalada por motivações esportivas mais antiga que se sabe no Brasil. No entanto, não foi o que aconteceu.
Quem foi até o Marumbi neste final de semana aproveitar o bom tempo do começo da temporada de montanhismo se decepcionou. Viu uma obra concluída, mas não pode usufruir, pois o camping está fechado para visitantes, aparentemente por falta de funcionários.
Novela com drama
Tentamos fazer contato com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), órgão que administra as Unidades de Conservação estaduais hoje, mas ninguém atendeu o telefone. Ontem, uma grande operação deflagrada pela GAECO, Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público, fez busca e apreensão na casa de diretores do órgão publico e encontrou 649 mil reais em dinheiro na casa de um deles. A suspeita é que funcionários do órgão ambiental cobravam propinas para liberar desmatamento da vegetação nativa na região do litoral do estado.
Histórico do camping do Marumbi
O Parque do Marumbi é o único dos 6 parques estaduais da Serra do Mar com algum estrutura, pois ela foi herdada da antiga RFFSA. Com as casas e o camping em estado de conservação muito ruins, foi iniciada a reforma em setembro de 2011, mas a empresa vencedora da licitação, a AZN teve problemas com a documentação e o contrato foi rompido em Agosto de 2012.
Uma nova licitação foi realizada e em 2013 a empresa Paraná Edificações retomou as obras e a entregou no final de 2014. No total foram gastos R$ 600 mil, de acordo com o IAP. O camping recebeu um quiosque e a reforma dos banheiros e foram também reformados um abrigo para receber visitantes, o centro administrativo e outras casas pequenas que abriga o corpo de socorro da montanha e um mini museu.
Durante todo este tempo, os visitantes não tiveram como se hospedar no parque. Para chegar lá é necessário ir de trem, onde a tarifa mais barata custa R$72,00 ou caminhar cerca de 8 km por uma estrada de terra se for de carro, o que torna o passeio quase inviável.
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