Moeses Fiamoncini se torna o primeiro brasileiro a escalar o Broad Peak

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O montanhista Moeses Fiamoncini chegou ao cume do Broad Peak (8.051 m) na última madrugada. Essa foi a primeira escalada brasileira realizada com sucesso nessa montanha que está entre os 14 oito mil do mundo. O Broad Peak está localizado no Paquistão, na Cordilheira do Karakoram, originalmente chamado de K3 é a 12ª montanha mais alta do mundo.

Moeses Fiamoncini no Acampamento Base. K2 ao fundo e a direita o Broad Peak.

As ondas de calor intenso no hemisfério norte tem provocado o derretimento do gelo e o risco de deslizamentos e avalanches nessas montanhas estão altos. Ainda assim, depois de muita espera e incerteza devido às condições climáticas, o brasileiro chegou ao cume e agora retorna para o Acampamento Base.

Essa é a quinta montanha acima de oito mil metros escalada por Fiamoncini. Ele já esteve no cume do Everest, Manaslu, K2 e Nanga Parbat, a qual ele também foi o primeiro brasileiro a chegar no cume. No entanto o escalador pretende concluir o Projeto Himalaias 8000 que consiste em escalar as 14 montanhas acima de oito mil do mundo, feito ainda não alcançado por nenhum brasileiro.

Outras escaladas no Broad Peak

Além do Brasileiro, outros alpinistas chegaram ao cume do Broad Peak nessa semana. Entre as subidas estão duas das escaladas mais rápidas dessa montanha já registrada. O renomado montanhista russo, Denis Urubko, levou apenas 14h40 para ir do acampamento base ao cume. No entanto ele não foi o mais rápido. O francês, Benjamin Védrines, foi do acampamento base até o cume em 7h28. Após chegar ao cume ele decolou de parapente e teve uma descida tranquila até a base. O tempo mais rápido antes dos dois era de Krzysztof Wielicki que realizou a façanha de fazer esse mesmo trajeto em 15h40 no ano de 1984.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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