A explosão de parte do topo do Cerro Armazones foi acompanhada por autoridades do Chile e do ESO no Observatório Paranal, a 20 quilômetros do local, e transmitida ao vivo pela internet. De acordo com o ESO, cerca de 5 mil metros cúbicos de rocha foram retirados.
“Esta é apenas uma parte de um elaborado processo de nivelamento que vai ajudar a preparar a montanha para que ela possa acomodar o telescópio de 39 metros e sua enorme cúpula”, diz uma nota divulgada pelo ESO nesta quinta-feira. Um total de 220 mil metros cúbicos de rocha terá de ser removida para que a montanha receba a plataforma do E-ELT, que medirá 150 por 300 metros.
As obras no Cerro Armazones – que incluem o nivelamento, a construção de estradas e a construção da plataforma que receberá o telescópio – começaram em março de 2014 e devem durar 16 meses. A previsão é que o E-ELT comece a funcionar em 2024.
Atualmente, existem três projetos de construção de telescópios gigantes no mundo. Além do E-ELT, há ainda o Telescópio Gigante de Magalhães (GMT), com 25 metros de diâmetro, e o Telescópio de Trinta Metros (TMT).
Em 2010, o então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, assinou o contrato de adesão ao projeto do E-ELT, para que o Brasil se tornasse um membro da associação, mas o processo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.
Caso a participação brasileira seja aprovada, o custo de adesão inicial que o Brasil deve quitar é de 130 milhões de euros (cerca de R$ 390 milhões), fora as contribuições anuais, que já passaram a ser contabilizadas desde 2010.