Montanhistas desaparecem enquanto escalavam a montanha mais alta da Nova Zelândia

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Dois montanhistas estadunidenses e um canadense desapareceram na montanha Aoraki, também conhecida como Monte Cook, na Nova Zelândia. As buscas iniciaram-se em 02/12, quando o trio não  retornou para pegar o transporte combinado.

Monte Cook possui grandes geleiras e paredes inclinadas. Foto: Wikimédia Commons.

 

Equipes locais de busca encontraram equipamentos e roupas dos desaparecidos, mas ainda não há vestígios deles.

Infelizmente, a busca foi suspensa devido às fortes chuvas. As equipes de resgate temem que o trio tenha sofrido uma queda.

Os estadunidenses foram identificados como Kurt Blair, 56, e Carlos Romero, 50, ambos guias de montanha experientes e certificados em esqui, escalada alpina e escalada . A identidade do montanhista canadense não foi divulgada. “Mais informações sobre o terceiro homem não serão fornecidas até que tenhamos certeza de que todas as notificações familiares necessárias foram realizadas”, declarou as autoridades.

Kurt Blair é um experiente montanhista.Foto: Facebook / Silverton Avalanche School

O Monte Cook, com 3.724 metros de altitude, localiza-se na Ilha Sul da Nova Zelândia e é considerado uma escalada difícil e exigente. Além disso, a grande quantidade de geleiras e fendas torna o ambiente propício a avalanches.

Segundo informações da Summit Post, os três montanhistas teriam escolhido a rota que se inicia na geleira Linda, a mais popular e acessível. No entanto, essa rota é bastante exposta, oferecendo riscos como avalanches, quedas de rochas e gelo. Em dezembro, as áreas de geleira podem apresentar fendas ainda maiores, o que pode atrasar ou tornar a rota inviável para muitos montanhistas.

Plateau Hut, local onde o trio iniciou a escalada. Foto: Departament of Conservation.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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