Montanhistas morrem no Cerro Marmolejo na Argentina

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Três montanhistas argentinos morreram no Cerro Marmolejo na fronteira da Argentina com o Chile. Eles estavam desaparecidos desde a última quarta-feira, 29/12, quando fizeram o último contato via GPS e foram encontrados ontem, 04/12, a 5.600 metros de altitude.

Ignacio Javier Lucero, Raúl Espir e Sergio Berardo.

As vítimas foram identificadas como Raúl Espir, prefeito de General San Martin, Sergio Berardo, escrivão da mesma cidade, e Ignacio Lucera, um experiente guia. Devido ao tempo ruim com temperaturas abaixo dos 10° negativos, os corpos ainda não foram recuperados. No entano, a estimativa é de que sejam resgatados da montanha amanhã, quando há previsão de uma janela de tempo bom.

Os três montanhistas faziam parte de um grupo de seis pessoas que tentavam subir o Marmolejo pela rota normal no lado chileno. Três deles decidiram descer, pois a previsão era de mal tempo e ventos fortes. Espir, Berardo e Lucera seguiram em frente. Assim, a última posição deles no GPS foi registrada a 5800 metros de altitude. Todavia, com o atraso no regresso deles, o Grupo de Operações Policiais Especiais (GOPE) dos Carabineros do Chile foi acionado e um helicóptero conseguiu sobrevoar a montanha em um curto período de tempo bom. No entanto, apenas o acampamento dos argentinos foi avistado.

Apenas ontem, durante mais um sobrevoo, foi possível localizar os corpos dos três montanhistas. As causas das mortes ainda não foram divulgadas.

O Marmolejo

O Marmolejo é um vulcão pouco frequentado e localizado em uma região remota. Apesar de bem mais baixo que o Aconcágua, essa montanha é considerada mais técnica e a sua subida requer experiência e preparação. Características que não faltavam ao guia Ignacio Lucera que contava em seu currículo com mais de 40 escaladas no Aconcágua.

No entanto ele ficou conhecido mundialmente por ser tutor do Cachorro Oro, um cão montanhista que escalou o Aconcágua quatro vezes. Infelizmente Oro morreu em 2021, mas antes disso ajudou Lucero se recuperar de um acidente vascular cerebral e um ataque cardíaco em 2011 enquanto escalava Manaslu no Nepal.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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