(Reuters)”Vida longa ao Tibet!” e “vida longa a Pequim!”, gritaram os alpinistas para as câmeras da TV, todos vestidos de vermelho, depois de desenrolar as bandeiras chinesa, olímpica e uma com o símbolo da Olimpíada de Pequim.
O ambicioso projeto de levar a tocha ao cume da montanha mais alta do mundo foi o destaque do revezamento que antecede os Jogos que começam em exatos três meses. Protestos contra o comando chinês do Tibet marcaram a passagem da tocha por vários países.
– Cumprimos a promessa que fizemos ao mundo e realizamos um sonho de todo o povo chinês”, disse a repórteres o comandante do acampamento, Li Zhixin, depois ser cercado pelos amigos e colegas que festejavam o feito.
A China comunista gastou bilhões de dólares para sediar a Olimpíada, ávida para projetar a imagem de um país moderno e vibrante. Mas os protestos durante o revezamento internacional da tocha ofenderam o orgulho chinês e despertaram um forte sentimento nacionalista no país.
Grupos estrangeiros pró-Tibet condenam a China por levar a tocha ao ponto mais alto do mundo.
A conquista chinesa do Everest é uma ação política feita para reafirmar o controle da China sobre o Tibet – disse um comunicado de Tenzin dorjee, vice-diretor do movimento Estudantes pelo Tibet Livre, enviado de Nova York.
A campanha Tibet Livre disse em seu site que o projeto é “é uma tentativa insensível (da China) de legitimar suas reivindicações infundadas de soberania sobre o Tibet”.
Manifestantes anti-China perturbaram seriamente algumas etapas do revezamento da tocha ao redor do mundo, depois que revoltas na capital tibetana, Lhasa, no dia 14 de março, e do conflito que o sucedeu em áreas tibetanas da China.
Grupos tibetanos disseram que planejavam fazer vigílias no mundo todo na quinta-feira, para rezar pelas almas das pessoas mortos no Tibete. A China diz que a “panelinha do Dalai Lama” foi responsável pelas revoltas no Tibete e pelos protestos durante o revezamento.
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