Nada é o que parece ser, nova via no Espírito Santo

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Osvaldo Baldin, Paulo Henrique Munhoz “PH“, Marcos Palhares “Tatu“ e Hermes Pereira “Soldado“ terminaram nesta semana a conquista de uma via de 800 metros no Espírito Santo.


A via se chama “Nada é o que parece ser” e fica na pedra paulista, no município de Iguaçu. A via recebeu este nome por que os conquistadores acharam que a conquista seria mais fácil e rápida, no entanto, ela consumiu duas investidas e seis dias de conquistas.

O grau da via ficou 4 V D4, ou seja,&nbsp, uma via de parede de um dia inteiro de escalada, pois 13 enfiadas.

Dicas para quem desejar repetir a via:

– A escalada é toda em livre em agarras e cristais, totalizando 13 enfiadas. O grau médio é 4º, com algumas enfiadas com lances de 5º. Toda protegida em chapas e com paradas duplas (com malhas). Quanto a exposição, as enfiadas mais protegidas (as de 5º) contam com no méximo 5 proteções em 60m, e outros trechos tranquilos (por volta do 3º) tem proteção só nas paradas. Uma via no puro estilo tradicional. Uma boa pedida para quem quer curtir uma longa escalada em um dia inteiro na montanha.

– Quanto a descida, a ótima notícia é que não precisa rapelar. Pode ser feita caminhando pela outra lateral da montanha, com um curto trecho de encosta, depois uns degraus de cimento até um cafezal. Segue a estrada principal no meio do cafezal, e quando ela fizer uma bifurcação em ´T´, siga pela do meio (que é a principal). Depois desta 1 hora de caminhada chega-se até umas casas (o Roncão) onde é possível negociar um frete para levar de volta ao início onde tudo começou, no outra lado da montanha: escala-se pela face oeste e desce pela leste.

– Estimamos que para repetir a via a duração seja um D4, com um longo dia de escalada. De qualquer forma é bom ter na mochila no mínimo um agasalho (de repente até um pequeno saco de dormir) se a noite chegar mais cedo do que o rendimento da cordada, e forçar uma pernoite na parede.

– Como a via é toda chapeletada e em livre o equipo é mínimo, sendo necessário corda de 60m (leve duas, caso tenha que rapelar), 7 costuras e umas fitas de 60cm.

– Caso queira pernoitar próximo a montanha é só contatar o Toninho (27-9824-1637), que ele disponibiliza alojamento (em uma casa ou acampa-se no quintal). Com ele é possível também esquematizar este ´resgate´ pós escalada.

– Sem sombra de dúvidas a melhor época para fazer uma escalada deste porte por aquelas bandas é o inverno. O clima por lá fica bem agradável, o que faz reduzir o consumo de água na parede.

– O acesso a Itaguaçu (130km) a partir de Vitória se faz passando por Santa Maria de Jetibá – Santa Leopoldina – Itarana. Bem na entrada da cidade de Itaguaçu pode-se avistar a Paulista a direita do asfalto. Neste ponto entre em uma estrada de chão que leva até a pedra (10km). Nessa estrada siga a seguinte orientação: primeira à esquerda, e depois nas outras duas bifurcações a direita.

:: Veja o relato da conquista, por Osvaldo Baldin

Fonte: Blog do Baldin

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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