Nova rota na face sul do Nuptse poderá ser o destaque de pós-monção no Himalaia

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Embora detalhes completos ainda não estejam disponíveis, um dos destaques da temporada de pós-monção no Nepal é provável que seja a nova rota escalada em estilo alpino pelos franceses Stéphane Benoist e Patrice Glairon-Rappaz na face sul de Nuptse. Infelizmente, embora o início da face tenha sido atingido, a dupla foi obrigada a voltar para trás, logo abaixo do cume.


O Nuptse (7864m) fica ao sul do Everest, foi escalado pela primeira vez em 1961 por uma expedição Britânica-Nepalêsa sob comando de Joe Walmsley. Foi um clássico cerco, na seqüência de uma delicada rota direta sobre a empinada cordilheira central em plena face Sul. Em seguida, uma longa diagonal cruzando ao longo destes campos de neve nas encostas, escalando por canaletas e mais uma difícil barreira até chegar às paredes rochosas superiores do cume.&nbsp, Após estabelecerem oito acampamentos, Dennis Davis e Tashi Sherpa, alcançaram o topo no dia 16 de Maio. Um dia depois Chris Bonington, Les Brown, Jim Swallow e Pemba Sherpa, seguindo suas pegadas chegaram ao topo. Até o momento, nenhuma outra expedição chegou ao cume da montanha pelo sul, o percurso original é considerado uma das primeiras “grandes paredes técnicas” escaladas no Himalaia.

Em 2006 Glairon-Rappaz tentou uma nova linha direta para o cume, pelo lado ocidental do Sul indo parar na parte superior da face, escalando por uma canaleta do percurso original. Notavelmente, a sua expedição foi um solo, alcançando 6600 metros, um pouco acima de seu terceiro acampamento.&nbsp, Ventos fortes o conduziu para baixo, forçando um fim prematuro para a tentativa.

No dia 27 outubro deste Outono, Glairon-Rappaz e Benoist cruzaram a rimaya a 5700m, e, seguindo a tentativa anterior de Glairon-Rappaz, fizeram um primeiro bivaque a 6500 metros.&nbsp, O segundo bivaque foi a 6800m, altura em que a dupla já tinha que superar paredes de 90° e uma seção de M4+ de dificuldade. No terceiro dia eles foram para o cume, escalando uma passagem em M5 há 7100 metros de altitude, antes de aderirem à rota britânica na parte superior esquerda nas encostas onde eles abandonaram cordas e a maioria de seus equipamentos.&nbsp, Através de muita perseverança eles atingiram o esporão do cume, a 7700m.&nbsp, Eram 7 da noite e a temperatura muito baixa obrigou-os a voltar.&nbsp, Eles apenas chegaram ao acampamento por volta das 2h45 da madrugada, Benoist neste momento tinha sérios congelamentos nos dedos dos pés.

Os dois fizeram uma descida segura até a base da parede sobre 30º de inclinação, onde posteriormente Benoist foi evacuado por helicóptero para Kathmandu e depois para França, para tratamento médico. Felizmente, relatos iniciais sugerem que seus dedos dos pés devem se recuperar.&nbsp, A rota de 2000 metros de altura, que ligava com a rota original acima do trecho de neve, foi nomeado como “Are You Experienced” (2000 metros: 90° e M5). Os conquistadores dizem ser um pouco mais difícil do que a face Norte do Droites (Mont Blanc Massif), porém, duas vezes mais longa.&nbsp, Benoist comentou que as dificuldades técnicas foram menores do que na maior parte de suas novas rotas himalaicas (Kwangde, Chomo Lonzo, etc…), mas o comprimento e a altitude a levam até ao limite.

Então o cume principal do Nuptse ainda espera uma segunda subida, desde a face sul e uma sexta no total. Os russos, Babanov e Koshelenko, muito aclamados em 2003 subiram a face sul, chegando ao anteriormente cume virgem do Nuptse Oriental, 7804m, mas não no principal.

O Nuptse teve de esperar até 1979 para uma segunda subida, quando foi escalada através da via do esporão Norte que vem desde o “western Cwm” do Everest, feito realizado&nbsp, por Georges Bettembourg, Brian Hall, Al Rouse e Doug Scott.&nbsp, Este percurso foi repetido em 1996 pelos alemães Ralf Djumovits e Axel Schloenvogt e novamente em 1999 pelos americanos Pete Athans, Andy Lapkass, Jeff Rhoads e Gyalzen Sherpa.&nbsp, Em 2003 e Damian Willie Benegas, da Argentina, concluíram parte de uma nova rota escalando uma linha alternativa mais difícil para entrar na parte superior do Esporão Norte.&nbsp,

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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