A coluna desta semana foi escrita por nosso colunista Paulo Roberto, o Parofes. Nela, nosso colunista fala suas impressões sobres as redes virtuais e reais que unem montanhistas do mundo todo.
De acordo com nosso colunista, sua história de vida e experiências no montanhismo é uma prova de que o objetivo em comum das pessoas que freqüentam as montanhas acaba por uni-las, não importando de onde ela é, qual é sua realidade social, língua que fala etc.
Paulo Roberto, que teve acesso ao montanhismo depois de mochilar bastante pela América do Sul, afirma que esta rede, que pode ser virtual, feita através de comunidades virtuais em sites como o Summitpost (maior comunidade virtual de montanhismo da internet), acaba por se concretizar fisicamente, quando um ou outro montanhista acaba se encontrando para fazer uma escalada.
O montanhismo encurta distâncias
Parece uma afirmativa meio sem sentido, longe disso. No decorrer deste texto o leitor terá consciência de que o velho ditado de Maomé (Se a montanha não vem a Maomé, Maomé vai à montanha), que surgiu por causa de uma situação de cunho religioso, na verdade carrega consigo na comunidade de escaladores e alpinistas um sentido diferente, essencialmente social. Uma verdadeira globalização do montanhismo como um todo.
Diz a lenda que Maomé, profeta fundador do Islamismo que pregava a simplicidade, foi desafiado em uma determinada situação em que tentava converter um grupo de árabes. Os árabes disseram que, se de fato ele tinha a graça divina, que movesse o monte Safa (na atual Arábia Saudita) até perto de si. Maomé tentou, mas nada conseguiu. Sábio, disse que Alá não atendeu seu pedido, pois sabia que, se movesse a montanha para perto de seus súditos, poderia matá-los. Assim Maomé foi até a montanha. Nasceu o ditado conhecido até hoje no mundo todo.
Ironicamente montanhistas estão muito mais relacionados com o ditado do que se pensa.
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