Em 9 de maio último a Federação Paranaense de Montanhismo, FEPAM, reuniu interessados para discutirem o problema da abertura e manutenção de trilhas em montanhas do Paraná. Em princípio o tema é relevante em função dos rumos que estas atividades vêm tomando nas mais frequentadas montanhas da Serra do Mar, mas fica a dúvida se não seria mais produtivo e urgente tratar antes das questões de Máximo Impacto que ameaçam nossas montanhas.
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Uma clareira de cerca de 800 metros quadrados foi aberta no meio da Mata Atlântica a cerca de 1 quilometro de distância da guarita do centro de visitantes do Parque Estadual do Marumbi em Morretes PR, tudo autorizado pelo órgão ambiental que faz a gestão desta área protegida, o Instituto Ambiental do Paraná IAP.
Confesso: até pouco tempo atrás eu tinha muito receio de fazer trilha na Serra do Mar paranaense. Primeiro porque eu sei que são trilhas que me colocam (bem) fora da minha zona de conforto (vegetação densa, trilha fechada, sobe e desce por rios, escalaminhada em árvores e afins, lama, planta enroscando em tudo, etc). Segundo, porque o Soto adora aquele lugar, e isso é sinal de que é ainda mais perrengue. Fato é que eu ainda não tinha feito nenhum treino de cargueira esse ano, e estava a fim de fazer algo realmente desafiador em todos os sentidos. Quando comentei do feriado com o Jorge, já imaginava que ele fosse pra esses lados, mas preferi não perguntar qual exatamente seria a trilha. O que ele disse é que era perto de Curitiba, e com o pessoal do Alta Montanha. Ou seja, perrengue!
A noite estava fresca com uma brisa suave rompendo a cobertura de folhas e varrendo o solo dentro da depressão. Acima da copa das árvores o vento oeste assoprava com força e ainda vi uma ou duas aranhas descendo de rapel sobre o local do bivaque. Acordei algumas vezes com uma fisgada de dor na perna ou no cotovelo a cada virada de mau jeito. O Johny desmaiou em seu saco de dormir e o Elcio queixou-se de insônia enquanto o Lula e o Emerson bivacaram na pedreira mais acima.
A Serra do Mar na porção paranaense é uma barreira natural entre os planaltos e a planície costeira. Escarpada do lado leste, território totalmente coberto pela floresta Atlântica abrigando complexo sistema hídrico, e que se estende desde a BR – 277 até a baía de Guaratuba e desenvolve-se paralelo á linha da costa.
Uma faixa de terra repleta de Araucárias entre as BRs 277 e 376, na Serra do Mar, está prestes a se tornar a mais nova unidade federal de conservação ambiental no Paraná. O processo de criação do Parque Nacional Guaricana entra em fase final. Depois de anos de levantamentos e consultas, depende agora apenas de algumas canetadas. Encravada nos municípios de São José dos Pinhais, Morretes e Guaratuba, a área tem 40 mil hectares o tamanho de Curitiba.
Ok, desta vez você apenas contratou um guia para indicar o caminho (nada de empresas), mas no meio da trilha, você caiu e quebrou o braço, quem deve arcar com o prejuízo?
Dos doidos de pedra que primeiramente pisaram o cume do Balança, depois de décadas de abandono, só o Moisés e o Ivon Cesar (Índio Sexta Feira) ainda não haviam completado a Travessia da Farinha Seca. Este enfrentamento foi inúmeras vezes agendado neste final de ano e sempre adiado pelas mais diversas razões até que na manhã de sábado, 7/ janeiro/2012, chegou a hora.
No alto de seus 53 anos de juventude, Julio César Fiori é uma personalidade polêmica no meio. Com muita experiência, viveu as diversas fases do montanhismo no Paraná, desde a época em que enfrentar trilhas, lama e penhascos se chamava Marumbinismo até o momento atual, onde observa os valores originais do montanhismo sob ataque constante do ambientalismo politiqueiro, da urbanização e da humanização da natureza.