A Serra do Mar é constantemente invadida e saqueada por extrativista que põe em risco a diversidade genéticas das florestas e o frágil equilíbrio existente neste tipo de ambiente.
Hoje (11/01) o jornal O Globo divulgou uma matéria tratando da derrubada indiscriminada de Palmito. Os montanhistas, únicos freqüentadores da região que não tem como interesse a exploração de recursos, já conhecem muito bem esta realidade e sabem que aonde as pessoas não vão, os palmiteiros, caçadores e madeireiros se aproveitam.
Isso acontece na Serra do Guaricana, na Serra do Prata (P.N. Saint Hilaire), nas áreas chamadas de intangíveis dentro do P.E do Marumbi, na Serra da Graciosa e também na Serra do Ibitiraquire e por não dizer em outras porções serranas menos freqüentadas, como o esporão do Feiticeiro, na região de Guaraqueçaba.
Estes palmiteiros não são pessoas que vivem do extrativismo. São funcionários de empresas mafiosas que legalizam os produtos do extrativismo através da corrupção. Exemplo disto foi o desmantelamento de uma quadrilha que tinha como envolvidos o ex. prefeito de Guaratuba, o atual vice e muitos outros funcionários públicos que deveriam estar protegendo a natureza, como funcionário do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e da Força Verde.
Não é de se estranhar, que em Dezembro, um mês depois do desfecho da Operação Juçara da Polícia Federal, que pôs atrás das grades os cabeças desta quadrilha, a prefeita de Guaratuba influenciou para que não fosse realizada na cidade a Consulta Pública para a instalação do Parque Nacional do Guaricana, área que o antigo vice atuava no corte ilegal de Palmito.
Apesar de já ficar muito claro como funciona o esquema de corrupção e dos nomes não serem mais anônimos. O problema da extração ilegal de Palmito na Serra do Mar está longe de se resolver.