Parque do Aconcágua fecha de Plaza Argentina devido a risco de avalanches

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No mês de janeiro, o Parque Provincial do Aconcágua fechou a trilha que leva até o Acampamento de Plaza Argentina, considerado o acampamento base do Aconcágua para os montanhistas que buscam escalar essa montanha pela rota 360° ou pelo Glaciar dos Polacos. De acordo com a nota emitida pelo parque, a decisão visava prevenir contra possíveis avalanches causadas pelo colapso de alguns lagos.

Os lagos se formaram com o acumulo de água resultante do degelo.

Assim, uma equipe de especialista do Instituto Argentino de Nivologia e Glaciologia (Ianigla) visitou o local e constatou que há a formação de quatro lagos nas proximidades do acampamento e na região chamada de Quebrada del Relincho. De acordo com eles, essas formações possuem desenvolvimento acelerado, sendo o maior deles com mais de 8000m3. Esses reservatórios de água são alimentados por rios de degelo que por sua vez tiveram a vazão aumentada pelo calor presenciado na segunda quinzena de janeiro.

A formação desses reservatórios poderiam criar uma nova e bela paisagem no local. Entretanto, os diques que ajudam a represar a água nos lagos são formados por gelo e outros materiais sem compactação, o que torna os lagos muito frágeis.

Para prevenir qualquer risco aos frequentadores, o parque decidiu por proibir a circulação nessa área. A instabilidade desse sistema hidrológico pode acabar inclusive com o rompimento dessas barragens.  O Parque pretende manter a trilha fechada até que a onda de calor passe e as condições desses lagos se estabilizem.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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