Após anos sem nenhuma infraestrutura, políticos retomam a promessa de enfim construir uma base de apoio e controle aos visitantes na Unidade de Conservação onde ficam as montanhas mais altas do Estado do Paraná. O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski, reuniu-se quinta-feira (03) com o prefeito de Campina Grande do Sul Luiz Carlos Assunção para acertar a parceria e outras medidas de apoio ao parque. “Certamente as melhorias que o município fizer na unidade de conservação trarão benefícios diretos, como aumento do ICMS Ecológico, além de ajudar a impulsionar negócios relacionados ao turismo sustentável”, disse Soavinski.
No Parque Pico Paraná fica o ponto mais alto do Sul do Brasil, com 1.877 metros acima do nível do mar. A unidade está dentro da Serra Ibitiraquiri, uma cadeia de montanhas encrava no trecho de floresta atlântica mais bem conservado do País, com muitas opções de trilhas, acampamentos e escaladas.
Os quatro mil hectares do Pico Paraná ficam entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul. “Faremos a cessão da área para que o IAP possa investir nas instalações necessárias”, disse o prefeito. A área cedida ao Estado é uma faixa de cerca de 3 quilômetros.
Em 2013 a Prefeitura desapropriou uma faixa de terra que pertencia à um sitiante que dava acesso ao parque. O proprietário, que cobrava pelo serviço, entrou na justiça contra a desapropriação, num processo que dividiu opiniões dos frequentadores. De um lado as pessoas que tinham desavenças pessoais com o dono da propriedade e de outro pessoas que ficaram com medo da restrição de liberdade na região, tendo em vista que em todas as Unidades de Conservação gerenciadas pelo IAP há proibições e restrições à visitação.
Em entrevista à Agencia de Noticias do Paraná, o diretor de Unidades de Conservação do IAP, Guilherme Vasconcellos afirmou que o caminho livre dará condições para que o Estado possa investir no Parque.
ICMS Ecológico
Há diversos Parques Estaduais na Serra do Mar paranaense, sendo que o Pico Paraná é um dos mais famosos. Sem nenhuma estrutura, este parque não conta com um plano de manejo, que é o principal documento que rege as regras internas das UC’s. Assim como ele, também não conta com estrutura e nem plano o Parque Estadual Roberto Ribas Lange, Parque Estadual da Graciosa, Parque Estadual da Serra da Baitaca e o Parque Estadual do Marumbi, que está com seu plano de manejo desatualizado desde 2001.
No entanto, de acordo com a Agência de Notícia do Paraná, a parte destes parques que estão dentro do município de Campina Grande do Sul, onde está o Pico Paraná, rende por ano 1.3 milhão de ICMS Ecológico para o município.