Projeto de inclusão realiza sonho menino de 11 anos ao levá-lo até a montanha

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O pequeno Gustavo Ferreira Maciel, de 11 anos, é um menino sorridente que já superou muitos desafios em sua vida. Ele teve paralisia cerebral e desde o seu nascimento faz acompanhamento médico. Ainda assim ele teve os movimentos motores afetados, principalmente dos membros inferiores. Mesmo com dificuldades, Gustavo realizou o sonho se subir uma montanha com ajuda do projeto Inclusão e Aventura.

Gustavo curtindo o dia na MontanhaEle é um garoto ativo como qualquer criança da idade dele. Ele gosta de jogar vídeo game, ser goleiro nas brincadeiras com o irmão e primos, desenhar, conversar e cantar. E ver a sua tia fazendo trekking, despertou o interesse de Gustavo em subir uma montanha.

A tia do garoto contactou o projeto Inclusão e Aventura, criado para oferecer experiências outdoor a pessoas com necessidades especiais. “O projeto fez uma visita ao Gustavo, e viram que era possível subir uma montanha com ele. Isto fez crescer ainda mais a vontade dele de subir uma montanha, um sonho que já começava a se realizar, o entusiasmo dele contagiou toda família”, contou Gisele Ferreira Machado, mãe do pequeno aventureiro.

A primeira montanha de Gustavo

No último domingo, 26/03, o pequeno saiu de casa para mais um desafio. Dessa vez o plano era subir uma montanha e no final tomar um banho refrescante de cachoeira. Assim, ele contou com a ajuda do projeto Inclusão e Aventura subir o Morro do Samambaia na Serra da Baitaca, vizinho ao Anhangava.

A subida foi feita em uma cadeira adaptada que está sob a guarda do projeto. Eles levaram pouco mais de uma hora para chegar ao cume e cerca de 10 pessoas participaram da atividade ajudando a empurrar a cadeira. Outras 10 pessoas também acompanharam a aventura e vibraram com a alegria do Gustavo.

O sorrido do pequeno contagiou os voluntários que estavam com ele.

Um dia inesquecível

A escalada ficará marcada na memória de Gustavo, que no dia seguinte desenhou ele e o idealizador do projeto Robson Lopes na montanha. Antes de voltar para a casa ele realizou outro sonho, tomar banho de cachoeira.

Desenho retratando a aventura.

Ao ser perguntado o que ele achou da aventura, o menino respondeu: “Foi uma experiência ótima. Adorei muito. Foi uma experiência que eu nunca tinha vivido. Foi muito ótimo. Na cachoeira foi muito bom, porque estava muito calor no dia, então a gente pode brincar e se refrescar bastante”. “A parte que eu subi lá na montanha. Foi a primeira vez que eu subi, e a vista e muito bonita lá de cima”, sobre o que ele mais gostou na experiência.

Gustavo, seus familiares e amigos no cume.

A mãe de Gustavo também conta que ficou emocionada ao ver o filho ter essa experiência. “Ver a felicidade dele ao subir a montanha, ver que ele conseguiu estar no cume junto com todos nós, família, primos, amigos, voluntários, isto realmente me faz refletir como é importante a inclusão em todos os âmbitos sociais”, revelou. Ela falou ainda da importância da ação dos voluntários do Inclusão e Aventura. “O projeto fez isso, incluiu o Gustavo em um esporte que sem eles o Gustavo não conheceria, não experimentaria a sensação de estar em um cume de montanha, onde a vista é linda, o vento é forte, a natureza imponente. Foi isso que o projeto proporcionou a ele, aquilo que todos sentimos do mesmo jeito e com a mesma intensidade, como é bom chegar ao alto de uma montanha, como é bom superar um desafio”, completou.

O banho de cachoeira refrescante.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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