Os profissionais da área de meio ambiente, principalmente aqueles que trabalham diretamente nas Unidades de Conservação, têm uma jornada de trabalho diferenciada, isso porque trabalham principalmente nos fins de semana e nos feriados. Com o corte das horas extras, eles decidiram cruzar os braços e assim os parques Estaduais do Paraná estão de portas fechadas para a visitação.
O Sindicato Estadual dos Servidores Públicos da Agricultura, Meio Ambiente, Fundepar e Afins do Paraná (SINDI/SEAB), apóia a decisão dos gerentes das Unidades de Conservação do Paraná sob a administração do IAP.
A preocupação do Sindicato é com a valorização do servidor público e a qualidade do serviço prestado à população. Ao mesmo tempo em que considera extremamente justo o pagamento da hora-extra, o Sindicato também defende a redução da jornada de trabalho, a realização de concurso público, o pagamento das promoções e progressões para os Agentes de Apoio e Agentes de Execução do QPPE, segundo eles há quase um ano prometida e ainda não implantada. , Eles ainda defendem uma alteração na tabela de cargos e salários do QPPE, criando uma coluna de Classe Especial, tanto para os Agentes de Apoio como para os Agentes de Execução, para valorizar monetariamente os servidores que têm escolaridade superior à da de início da carreira e mais de 17 anos de trabalho público no Estado.
Unidades de Conservação do Paraná:
A maioria das 65 , Unidades de Conservação Estaduais do Paraná, que em 2008 tiveram uma visitação acima de 180 mil pessoas, não tem estrutura e muito menos um plano de manejo, quanto menos funcionários e os exemplos vêm dos parques em montanhas, como o Parque Estadual do Pico Paraná e P.E da Serra da Baitaca, onde fica o Anhangava.
Apesar destes parques, assim como o Marumbi, não terem uma portaria, o memorando publicado pelo IAP diz que eles estarão fechados nos fins de semana e feriados. Assim, o visitante desinformado estará entrando em uma Unidade de Conservação fechada sem sequer pular uma porteira. A situação que chega até ser cômica, mostra as dificuldades e a falta de investimento do Governo do Estado nas Unidades de Conservação e a desvalorização dos funcionários do IAP.
Para piorar o que já é precário, nossos parques ficarão totalmente desprotegidos de palmiteiros, madeireiros e caçadores e as 58 pesquisas científicas desenvolvidas nestes locais em 2009 ficarão paralisadas.
O presidente do IAP, Victor Hugo Burko, procura uma solução para a crise: Estamos estudando qual será a medida adotada para garantir que não haverá prejuízo aos visitantes, disse Burko. Entre as medidas que podem ser adotadas está o remanejamento de servidores de outros setores e assim tentar manter aberto os parques mais importantes.
Veja a lista das UC´s que estão fechadas:
1. Parque Estadual Serra da Baitaca + Caminho do Itupava Base Borda do Campo.
2. Parque Estadual Pico do Paraná.
3. Parque Estadual do Monge.
4. Parque Estadual de Campinnhos.
5. Floresta Estadual Metropolitana.
6. Parque Estadual do Cerrado.
7. Parque Estadual do Guartela.
8. Parque Estadual do Caxambu.
9. Parque Estadual Mata dos Godoy.
10. Parque Florestal de Ibicatu.
11. Estação Ecológica do Caiuá.
12. Parque Estadual de Amaporã.
13. FE do Palmito.
14. EE do Guaraguaçu.
15. PE Mata São Francisco.
16. PF Rio da Onça.
17. PE Vila Rica do Espirito Santo.
18. PE Pico do Marumbi + Caminho do Itupava Base Prainhas.
19. PE do Pau Oco.
20. Parque Florestal de Ibiporã.
21. PE Lago Azul.
Com informações de: Bem Paraná e Gazeta do Povo
Foto: Blog do Zé Beto