Que tal comprar um dos setores de escalada mais famosos do Chile? Cochamó esta a venda!

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A região de Cochamó no Chile é considerada o Yosemite chileno devido as belas e longas paredes de granito, bosques nativos encantadores e rios de água cristalina. Há algumas semanas surgiu o boato de que parte desse paraíso para os escaladores e amantes da natureza poderia ser vendida. A preocupação é que os novos donos queiram explorar o local de forma extrativista ou industrial, ameaçado a região que não é protegida por lei.

Cochamó é considerada a Yosemite da América do Sul por sua paisagem única.

O Vale de Cochamó é dividido em várias fazendas privadas. Porém, graças a anos de negociação com os proprietários, escaladores e turistas podem usufruir do local com acampamentos e trilhas construídas por voluntários. No entanto, isso está preste a mudar com a venda da Hacienda Pucheguin. O local com cerca de 130 mil hectares de florestas nativas que teve valor estimado em 2018 de US$ 150 milhões. O valor atual de venda não foi revelado.

É nessa área que se encontram os vales de Trinidad, Anfiteatro e Monster e os principais setores de escalada com paredes de até 1.400 metros. Mas além das atrações esportivas o local também abriga um sitio arqueológico.

O Santuário de Cochamó

Assim, as ONGs locais Puelo Patagonia e Organización Valle Cochamó se uniram para criar uma petição na qual solicitam ao governo chileno que a região seja transformada em um Santuário. A petição online pode ser assinada por montanhistas de todo o mundo. Até o momento ela já recebeu mais de 87 mil assinaturas, no entanto o objetivo é chegar a 100 mil assinaturas.

“O Santuário da Natureza Valle Cochamó busca reconhecer os valores ambientais e culturais e conciliar o cuidado com a natureza com os estilos de vida dos habitantes locais. Esta [designação] é a única proteção [no Chile]onde você pode incorporar propriedades públicas e privadas, é também uma figura legal que pode facilitar o trabalho colaborativo que fizemos muitas vezes sem o apoio do Estado”, relatou Tatiana Sandoval, presidente da Organização Valle Cochamó.

As ONGs também aceitam doações financeiras e para manter os trabalhos na região.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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