O número de mortes de pessoas em consequência de raios em 2013 no Brasil foi o menor desde o início do levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2000. Foram registradas 79 mortes por raios no ano passado. O pico registrado, com 193 mortes, é de 2001. Em 2012 foram 113 mortes. No total, desde 2000, foram registradas 1.680 mortes por raios no país.
Segundo o Elat, a média anual de mortes causadas por raios também diminuiu: de 2000 a 2009, ocorreram 132 mortes por ano. De 2000 a 2013, foram 119 fatalidades por ano – uma queda de 10% no índice anual. O órgão diz ainda que não houve diminuição do número de raios que atingiram o Brasil ao longo desses 14 anos, de acordo com dados fornecidos pela agência espacial americana (Nasa).
O maior número de mortes aconteceu na primavera (32%), seguido por verão (30%), outono (24%) e inverno (14%). Ainda segundo o estudo, 65% das mortes foram em zonas rurais, contra 18% nas zonas urbanas, 14% em rodovias e 3% no litoral.
Na divisão por região, o maior índice de mortes foi registrado no Norte (39%), seguido por Sudeste (22%), Nordeste (18%), Centro-Oeste (15%) e Sul (7%). O estado com o maior número de vítimas por raios foi o Pará, com dez mortes. Em seguida estão Amazonas (9), Maranhão (8), e São Paulo (7).
Alerta aos montanhistas
Acidentes com raios aparentemente são raros, mas como demonstra a pesquisa, são um risco potencial, principalmente para montanhistas que ficam expostos à tempestades.
Diversos montanhistas já foram vítimados, dentre eles alguns famosos, como Eliseu Frechou, que junto com Marcio Bruno tomou uma descarga elétrica enquanto escalava na Pedra da Ana Chata em São Paulo. Por sorte, os dois não sofreram nenhuma queimadura, mas chegaram a desmaiar com a descarga.
Sortudo mesmo foi Flávio Cantelli, escalador paranaense que já foi um dos maiores destaques na escalada em boulder e campeontos no Estado, mas que já foi atingido por dois raios e sobreviveu ileso.
No entanto não é bom contar com a sorte e é melhor evitar estar na montanha durante tempestades.