Por Rodrigo Granzotto Peron
Recentemente, uma nova figura despontou para a fama. Trata-se de Santiago Quintero, nascido na capital Quito em 1974. Aos 15 anos subiu o Ruminahui (4712m), e depois dedicou-se aos grandes cumes dos Andes (por sorte, vários deles em seu próprio país, a poucos quilômetros de distância). Seu projeto mais conhecido foi justamente nos Andes, com a subida de 35 montanhas andinas em meros 60 dias.
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A partir de 2007, deu uma guinada para cima em seus projetos, e passou a perseguir os picos 8000. A primeira conquista foi no Karakoram, com cimo no Broad Peak (8051m). A seguir, o Makalu, em 2008 (8485m). Em 2009, tentou o K2, sem oxigênio, intento abandonado a 8400 metros, na Via Abruzzi. Ano passado, dois reveses: no primeiro semestre, o Annapurna, até 7400 metros, no segundo semestre, o Cho Oyu (8188), com desistência no platô elevado. Este ano o Cho Oyu foi domado, com cume no primeiro semestre. E, assim, Santiago voltou do Tibete com seis tentativas em picos 8000, e com três deles angariados (Broad Peak, Makalu e Cho Oyu), e em poucos anos de carreira na Ásia.
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Nem bem descansou, e já embarcou em nova aventura. Em sua terceira incursão ao Baltoro, o equatoriano acabou de conquistar o Gasherbrum II (8035m), o quarto de sua curta e bonita história. Em expedição liderada por Gerfried Goschl, Santiago participou do massivo ataque ao cume do dia 22, que resultou em quase vinte pessoas pisando no cume do menos elevado 8000 paquistanês.
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Os sucessos deste ano motivaram Quintero, que já possui planos para completar todos os 14 oitomil até 2015. A América do Sul, aos poucos, vai revelando talentos e grandes escaladores…