Sherpa carrega montanhista nas costas por 6 horas em resgate heroico

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O guia Gelje Sherpa, de 30 anos, carregou literalmente nas costas um montanhista malaio que estava passando mal no Everest e conseguiu salvar a sua vida no último dia 18/05. De acordo com a Agência de Notícia Reuters, o sherpa estava acompanhando outro cliente quando avistou o malaio agarrado a uma corda e tremendo de frio na temível Zona da Morte, a mais de 8 mil metros de altitude.

Gelje Sherpa carregando o montnahista da Malásia em resgate heroico

“No Balcony, a cerca de 8.300 metros, vi alguém em perigo. Um homem que precisava ser resgatado e ninguém mais estava ajudando. Tomei a decisão de cancelar o ataque ao cume de nosso cliente para poder trazê-lo para um local seguro antes que ele morresse lá em cima sozinho”, contou em sua rede social.

Assim, ele carregou o montanhista nas costas por cerca de 600 metros montanha abaixo. Apenas quando chegou a 7900 metros conseguiu ajuda com outro montanhista. “Levei de cinco a seis horas para passar de 8.500 [metros acima do nível do mar]para 7.900. Foi muito difícil”, afirmou ele em entrevista à Reuters.

Ele e a equipe de resgate tiveram que descer o montanhista da Malásia até 7162 metros de altitude. Só então um helicóptero conseguiu acessá-lo e transportá-lo para o Acampamento Base do Everest. Em sua rede social Gelje Sherpa contou que irá retornar para a montanha assim que possível. “Estarei de volta à montanha logo após recuperar energia de uma tarefa enorme, mas estou muito feliz em dizer que ele está vivo e se recuperando no hospital”, escreveu.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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