As equipes de resgate abandonaram as buscas por três desaparecidos na avalanche que ocorreu na última sexta-feira causando a morte de 16 pessoas (13 corpos encontrados e 3 desaparecidos). As autoridades descartam qualquer possibilidade de encontrar com vida os três alpinistas desaparecidos.
"Decidimos encerrar as buscas pelos desaparecidos. Não obtivemos êxito em localizar a os corpos e agora fica difícil localizá-los sob a neve", declarou a agência AFP Dipendra Paudel, um alto funcionário do ministério do Turismo.
Neste momento guias e alpinistas estão analisando a situação. Segundo o site The Himalayan Times os sherpas estão solicitando uma melhora em suas condições financeiras, que se não atendidas se negariam a seguir adiante. Estas fontes falam que os sherpas teriam estipulado uma data limite para que as expedições tomem uma decisão até 28 de abril.
Os “Icefall Doctors” (Doutores da Cascata de gelo) não voltaram a instalar cordas e escadas na área onde ocorreu a avalanche. Parte do staff que forma parte das expedições (segundo a Nepal Mountaineering Association, mais de 80% do pessoal que trabalha nas expedições é da região de Khumbu, de onde eram dez dos falecidos na avalanche) decidiram regressar a suas casas na região de Khumbu para descansarem por alguns dias.
Nesta temporada, o governo do Nepal outorgou permissões para escalar o Everest a 334 alpinistas de 41 países que formam parte de 31 expedições, para as quais trabalham cerca de 400 nepaleses. Outras fontes falam um número de cerca de 600 nepaleses (entre staff e guias). O governo nepalês teria recebido cerca de 300 milhões de Rúpias (2.241.000 €) na expedição de permissões pagas pelos alpinistas para escalar o Everest nesta temporada.
Até 2013 faleceram no Everest cerca de 248 pessoas (76 por avalanches). Destes, 161 eram alpinistas estrangeiros. 87 sherpas faleceram no Everest entre 1922 e 2013, 27 em avalanches.
Alguns alpinistas decidiram cancelar sua expedição. Entre eles está Joby Ogwyn, que queria saltar de Wingsuite do topo do mundo.