Traduzido por Neudson Aquino
Embora seja consenso entre todos que os primeiros a alcançar o cume, em 1953, foram o neozolandês , Edmund Hillary e o nepalês Tenzing Norgay, uma velha dúvida ainda pairava. No dia 8 de junho de 1924, dois escaladores britânicos, George Mallory e Andrew Irvine, deixaram o campo avançado e se dirigiram ao cume. Durante a subida uma névoa encobriu o topo, mas testemunhas afirmam terem visto a silhueta dos dois avançando em direção ao objetivo. Essa foi a última vez que os dois foram vistos. Durante muito tempo se cogitou se os dois teriam conseguido alcançar o cume, mas por falta de provas, os créditos da primeira ascensão ficaram com Hillary e Norgay.
Contudo, a lenda de Mallory e Irvine alcançando o cume ainda permaneceu. Mas talvez só até hoje. Um recente estudo efetuado por meteorologistas de Toronto, baseado nos dados recolhidos pela própria expedição de Mallory e Irvine, aponta que seria impossível os dois terem alcançado o cume naquele dia. Os cientistas afirmam que seria impossível eles terem sobrevivido à tempestade perfeita que assolou a montanha na data da investida.
Segundo os dados, a tempestade provocou uma brusca queda na pressão barométrica, levando os níveis de oxigênio à padrões insuportaveis, que matariam qualquer um que estivesse se aproximando do cume. , Os dados apontam para uma queda em torno de 18 milibares de pressão atmosférica no campo base. Como comparação, durante o desastre de 1996, quando 8 escaladores morreram durante uma severa tempestade no Everest, a queda de pressão registrada foi de apenas 8 milibares. , Sem contar que em 1996 o uso de oxigênio suplementar era uma prática corriqueira, muito diferente da época de Mallory e Irvine.
Os pesquisadores esperam com essa pesquisa ter solucionado de , uma vez por todas o mistérios que pairava sobre o desaparecimento de Mallory e Irvine, e que o estudo sirva de base para que os futuros escaladores saibam o que irão enfrentar quando estiverem em condições parecidas à da dupla britânica.
Fonte: Desnível