Temporada de escalada de primavera no Everest é encerrada. 6 brasileiros chegaram ao cume

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Todas as agências de expedição estão encerrando os trabalhos e as escaladas na temporada 2024 no Everest. O Comitê de Controle da Poluição de Sagarmatha também já iniciou os trabalhos para fechar a rota da Cascata de Gelo Khumbu, que é a única forma de acessar os cumes do Everest, Lhotse e Nuptse.

Grande muralga do Nuptse a esquerda, Everest no centro e Lhotse pouco a frente do Everest na direita. Foto: Papa Lima Whiskey 2 Wikimédia Commons

Este ano, 421 licenças de escalada para montanhistas estrangeiros foram emitidas. Acredita-se que cerca de 600 alpinistas, incluindo guias, chegaram ao cume. Em 2023, foram 656 subidas registradas para 478 licenças de escalada.

No total, seis brasileiros chegaram ao topo da montanha mais alta do mundo em 2024. São eles: Filipe Chamusca, Marcos Bogado, Olívia Bonfim, Carlos Santalena, Fábio Costa e Eduardo Casagrande. Todos subiram pela rota normal nepalesa e utilizaram oxigênio suplementar em 21/05. Junto com os brasileiros, também escalou a argentina Belén Silvestris Gonzalez, que é a mulher sul-americana mais jovem a completar os 7 cumes.

Olívia Bonfim e Carlos Santalena também escalaram o Lhotse em 22/05, concluindo o desafio conhecido como Double Head.

Além deles, também participaram de expedições ao Everest o montanhista Moeses Fiamonccini, que desistiu do cume após ficar doente, Dario Libano e Fernanda Maciel, que também desistiram da escalada devido a outros fatores.

Infelizmente, também houve oito mortes no Everest e uma no Lhotse. São eles: o nepalês Binod Babu Bastakoti, 37, os mongóis Usukhjargal Tsedendamba, 53, e Purevsuren Lkhagvajav, 31, o queniano Joshua Cheruiyot Kirui, 40, o indiano Banshi Lal, 46, o britânico Daniel Paul Paterson, 40, o guia sherpa Pas Tenji Sherpa, 23, e Nawang Sherpa, um guia de 44. Já o romeno Gabriel Viorel Tabara, 48, faleceu enquanto tentava escalar o Lhotse.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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