Temporada no Everest começa com mais dificuldades que o normal

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A temporada de escaladas no Everest começou. Os sherpas do “Icefall Doctors” já começaram a fixar a rota na montanha. Diferente dos anos anteriores, neste ano de 2016 há mais gretas que o normal e consequentemente mais escadas estão sendo usadas para transpor este perigoso obstáculo. Por outro lado, a primeira temporada após dois anos seguidos de tragédias tem atraído menos gente que o esperado.

Os estragos do terremoto da primavera passada é talvez o responsável pela proliferação de gretas na cascata de gelo do Khumbu, que este ano está ainda mais quebrada e perigosa que o normal. Este é o cenário que os “Icefall Doctors”, um grupo de Sherpas que trabalha no começo da temporada para fixa a rota na montanha, terão que enfrentar entre o Campo Base e o Campo 2.
 
De acordo com o site Desnível, os trabalhos já estão atrasados e ao invés de 6 Sherpas trabalhando na rota, como o habitual, este ano há pelo menos 10. Eles já alcançaram o Campo 2 estão trabalhando em deixar a passagem mais segura, inclusive duplicando a rota em locais mais delicados, de forma que tenha um caminho de subida e de descida para que tenha sempre um fluxo constante.
 
Gretas, Seracs e neve
 
“Há várias gretas e seracs a mais ao longo da rota do Everest este ano”, declarou o Sherpa Ang Kami o jornal nepalês The Kathmandu Post. “E como resultado disso, necessitamos mais escadas de alumínio em comparação com os anos anteriores, para navegar através destas gretas e seracs”. Em consonância a estas afirmações, o Sagarmatha Pollution Control Committee (SPCC) apontava que durante a primeira semana dos trabalhos de fixação de rota já havia sido colocada mais de 40 escadas e calcula-se que para chegar ao C2, será necessário instalar mais 160, totalizando cerca de 200 escadas entre este acampamento e a base.
 
Avalanches
 
Além das dificuldades com gretas e seracs, a instalação das escadas ainda enfrentam problemas com o risco de avalanches. Nos últimos três dias duas avalanches despencaram das paredes do Nuptse e do Pumori. Até agora nenhuma que tenha passado perto da rota. 
 
Menos alpinistas, mais brasileiros
 
Os números ainda não são definitivos, mas as autoridades nepalesas esperam que pelo menos 250 pessoas tentem este ano a ascensão ao Everest (incluindo os guias), pela vertente sul nepalesa, a mais concorrida. Isto significa um decréscimo em relação ao ano passado, quando houve 350 emissões de permissões. 
 
Neste ano teremos 6 brasileiros tentando o cume, um número muito acima do normal. O Guia Carlos Santalena, que já fez cume e é o brasileiro mais jovem a conseguir esta proeza estará liderando uma expedição com Thais Pegoraro, que está bastante empenhada em finalizar os 7 cumes. Outro montanhismo na cola dos 7 cumes é o cearense Rosier Alexandre, que apenas falta o Everest para finalizar o projeto.
 
A brasiliense Fatima Williamson que mora no Canadá, o gaúcho Cristiano Müller e o paulista Cid Ferrari completam a lista de brasileiros que tentarão a montanha nesta temporada.
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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