Os mais de quatro mil turistas que ficaram isolados na cidade de Águas Calientes, cerca de 100 Km de Cuzco, no Peru, foram totalmente evacuados. A operação, de helicóptero, levou a semana inteira e somente ontem todas as pessoas foram retiradas.
As fortes chuvas que caem no Peru neste mês de Janeiro fez o nível do Rio Urubamba subir mais do o normal para esta época do ano. Para piorar, este rio, que faz parte da bacia amazônica, é muito caudaloso na região e sua força destruiu muitas casas e a infraestrutura da região, como o trem que liga Cuzco à Águas Calientes, cidade que dá acesso às ruínas de Machu Pichu.
As chuvas, além de provocar enchentes, ainda provocou vários deslizamentos, um deles matou uma turista argentina que estava na trilha Inca para Machu Pichu.
Dentre os turistas que ficaram ilhados, 120 eram brasileiros. Eles contam que houve pagamento de propina para serem evacuados e algumas pessoas impacientes chegaram a pagar serviços particulares para voltarem à Cuzco.
Apesar de toda a destruição e prejuízo, nenhuma ruína Inca sofreu dano. De acordo com o diretor do Instituo Nacional de Cultura, Juan Garcia, que administra o parque onde fica Machu Pichu, as construções Incas não foram abaladas, pois os engenheiros Incas sabiam aproveitar a força da natureza a seu favor, fazendo construções de acordo com a dinâmica do meio ambiente, ocupando áreas de menor risco ou diminuindo-os com obras simples e inteligentes, como o sistema de calhas de chuva e terraças, que quebram a energia da água.
Enquanto isso, a linha de trem, que fica à margem do rio Urubamba, ficará dois meses interditada para ser novamente reconstruído.
Com informação da Reuters e G1