Terremoto de 6,8 graus próximo ao Everest deixa pelo menos 126 mortos. Jost Kobusch abondona a montanha em segurança

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Pelo menos 126 pessoas morreram após um terremoto de 6,8 graus na escala Richter atingir o Tibete, região controlada pela China, em 07/01. O epicentro foi a cerca de 80 km do Monte Everest, na região rural de Dingri, por volta das 9h05 (horário local) – 22h05 no horário de Brasília.

Monte Everest.

 

Equipes socorrendo vítimas.

O Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou uma magnitude de 7,1 graus, superior à avaliação feita pela Agência de Sismologia da China.

De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, pelo menos 188 pessoas ficaram feridas, e os esforços de busca e resgate continuam. A região atingida, conhecida por sua geografia acidentada, tem dificultado a mobilização de equipes de resgate e a distribuição de ajuda humanitária. As autoridades locais ainda não descartam que o número de vítimas fatais aumente à medida que as equipes de resgate acessam as áreas mais afetadas.

Equipes enfrentam temperaturas congelantes nas buscas em meios aos escombros. Foto: Xinhua/Jigme Dorje

27 vilarejos, com cerca de 6.900 moradores foram atingidos. Pelo menos 3.609 casas rurais colapsaram, segundo informações fornecidas pelas autoridades locais.

Sobreviventes sao abrigados em barracas e recebem ajuda humanitária.
Foto: Xinhua/Jiang Fan

A tragédia ocorreu em um dos locais mais isolados do planeta, complicando ainda mais o trabalho de assistência às vítimas. Além disso, as temperaturas na região podem cair para 17 graus Celsius negativos nos próximos dias, o que torna a situação ainda mais crítica para os afetados.

Casas foram totalmente destruídas. Foto: Xinhua/Jigme Dorje.

Jost Kobusch deixa a montanha

Após o tremor, as visitações na região do Everest foram fechadas. Jost Kobusch que tentava escalar o Everest pela rota Oeste nesse inverno, deixou o local após não conseguir chegar ao topo, informou o Departamento de Turismo à Associated Press.

O montanhista estava sozinho no Acampamento 1 quando os tremores começaram. Após perceber que não era uma avalanche, decidiu descer ao Acampamento Base o mais rápido possível. Essa é a segunda vez que Kobusch passa por um terremoto no Himalaia.

“Acordei confuso, porque tudo ao meu redor estava meio que explodindo. Seracs estavam caindo e avalanches rugiam. No momento, eu não tinha certeza se era um terremoto ou se algum grande serac tinha acabado de desabar.Fui atingido pelas ondas de choque, e partículas de avalanches próximas perfuraram a barraca. Então tudo se acalmou e eu disse a mim mesmo, ‘Ok, seja lá o que for, é melhor relaxar e esperar as coisas se acalmarem, mais avalanches ou tremores secundários’, então esperei por algumas horas e então decidi que provavelmente seria uma boa ideia retornar ao acampamento base”, relatou o montanhista a Angela Benavides do Exploresweb.

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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