– Título Original: TOUCHING THE VOID
– Título no Brasil: DESAFIO VERTICAL
– Diretor: Kevin Macdonald
– Com: Nicholas Aaron, Brendan Mackey, Joe Simpson, Simon Yates
– DVD lançado em: 15 Junho 2004 (MGM)
Nós escalamos porque é divertido. Joe Simpson, Touching the Void
Agora disponível em DVD, “Touching the Void”, apresentado com trechos de entrevistas com os alpinistas/sobreviventes reais Joe Simpson e Simon Yates e cenas de dois alpinistas/atores que revivem suas experiências traumáticas à 6344m de altitude na montanha Siula Grande no Peru.
A história real começou em 1985. Os alpinistas britânicos Simpson e Yates escalaram a até então uma face jamais escalada na Siula Grande. Fizeram-na até o cume, e em estilo alpino. Na descida o inesperado acontece. Joe quebra sua perna. Resolveram descer com um plano por meio do qual Simon abaixaria seu companheiro 90 metros de cada vez, mas enquanto este processo ocorre, logo começa a anoitecer, Simon não podia ver quando Joe foi abaixado sobre uma crevasse. Horas mais tarde, incapaz de pendurar por mais muito tempo o peso e não sabendo se Joe estava vivo ou morto, presumindo deve ter morrido, Simon cortou a corda.
Joe sobreviveu. Além disso, e incrivelmente, fez seu caminho de volta para o acampamento base mais dias depois. Mais tarde escreveu um livro sobre o ocorrido, “Touching the Void” (Tocando o Vazio), publicado em 1988. Em grande parte, diz que escreveu o livro para retribuir Simon, que desde então se tornou conhecido “na comunidade montanhista” como o “homem que cortou a corda”.
“Nós estamos fazendo um filme sobre duas pessoas que sobrevivem a um épico terrível. Seria uma ironia afinal se qualquer um começasse morrendo fazendo isso, basicamente.” Kevin Macdonald – diretor
O filme é todo sobre este perigo, o risco inesperado. A ameaça é visível em cada cena, mesmo quando o imaginário é espetacular — céu azul brilhante, neve caindo, picos imensos — tomadas da respiração à distância. É justo dizer que o drama essencial do filme tem tanto as cenas filmadas na montanha quanto com o apropriado narrativo: é difícil pôr em palavras apenas como branca, fria, e infinita. A montanha pode parecer, com os alpinistas pequenos e de encontro a sua extensão estarrecente, no céu azul ou preto ou tempestuoso que aparece sobre eles.
Ao lado de tais demonstrações brilhantes da escala e do espaço, os alpinistas (que estão escalando realmente a montanha, não tem a sorte do jogo, assim que o conceito da “recreação” se complica e torna-se descontrolado) que aparecem em cenas enfatizando seus rostos e dedos enegrecidos (o congelamento é recriado), sua respiração em condições do vento-frio de -60º, e os sons de seus piolets e martelos vívidos na superfície gelada.
O efeito de tal recriação é imediatamente identificada para cada um dos alpinistas. Antes que Joe caísse sobre a crevasse, estas memórias parecem em comum acordo: depoimentos admitidos de adrenalina, gostam de escalar “porque é divertimento,” estão bem cientes que “80% dos acidentes acontecem em descidas,” e ambos apreciam o que Simon chamou “o grande desconhecido” que enfrenta. Uma vez que perdem a visão um do outro, suas experiências divergem radicalmente.
Esta divergência é o centro de “Touching the Void”, o filme (o livro de Simpson, naturalmente, não convive com este dilema). Quando Simpson e Yates retornaram ao local para fazer a gravação do filme, estavam desobstruídos das entrevistas publicadas e arejou dessa forma a produção que mesmo nesse tempo, uns 18 anos após o trauma, fez suas experiências remanescerem dissimilares. (Simpson disse repetidamente que compreende completamente, perdoa, e exonera seu companheiro, mas não escalaram juntos desde então.) Para o filme, são disparados em separado, não há conversação, foi editado junto como cada um conta sua própria parte.
Realmente é um filme imperdível para quem aprecia montanhismo, e faz principalmente refletir as atitudes e difíceis decisões que precisam ser tomadas em situações de risco.