UIAA pode reconhecer 6 picos secundários como novos 8000m+

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O projeto Agura, que está sujeito a ratificação da reunião de outubro próximo com a UIAA, solicita reconhecimento de novos picos. São eles o Yalung Kang (ou Kangchenjunga Oeste) de 8.505 metros, o Kangchenjunga Central, de 8.473 metros, o Kangchenjunga Sul, de 8.476 metros, o Lhotse Oriental Central com 8.410 metros, Lhotse Shar de 8.382 metros, e Broad Peak Central, de 8.011 metros.

A lista oficialmente conhecida dos picos de mais de 8000 metros de altitude pode sofrer um efeito dominó a partir do próximo outono, se a UIAA reconhecer a recomendação das conclusões do projeto Agura de incluir oficialmente na lista mais seis picos secundários como 8000 independentes. No momento, o trabalho do projeto segue com a classificação dos cumes secundários. Segundo informa o Himalayan Times, o Nepal ganharia cinco novos picos (três na fronteira com a Índia e dois na fronteira com o Tibet), enquanto o Paquistão e China compartilham o sexto "novo pico".
 
Também de acordo com o Himalayan Times e pela Associação de Montanhismo do Nepal (NMA), os cumes considerados nesta iniciativa se situam no maciço do Kangchenjunga (três deles), no maciço do Lhotse (dois) e no maciço do Broad Peak (um). Ordenados por altitude, o primeiro destes seria o Yalung Kang, também conhecido como Kangchenjunga Oeste (8.505 metros), o Kangchenjunga Sul (8.476 metros), o Kangchenjunga Central (8.473 metros), o Lhotse Medio ou Central (8.413 metros), o Lhotse Shar (8.400 metros) e o Broad Peak Central (8.047 metros).
 
Membro da UIAA e ex presidente da NMA, Ang Tshering Sherpa, declarou que "A UIAA começou o projeto Agura com o objetivo principal de identificar e reconhecer picos menores acima dos 8000 metros de altitude". Segundo ele, não se trata de identificar novas montanhas, a não ser de reconhecer que existem outros cumes proeminentes acima dos 8000 metros que merecem uma identidade própria reconhecida internacionalmente.
 
Ang Tshering Sherpa firmou a importância de que a próxima Assembléia da UIAA, prevista para o mês de outubro na Suíça, valide as recomendações do projeto Agura: "Durante a assembléia geral da UIAA, é necessário que a delegação nepalesa organize uma campanha forte e convença os delegados das federações da UIAA para aprovar o reconhecimento dos novos picos". já que contribuiria com um aumento das expedições a montanhas daquele país. Além do mais, internacionalmente, criaria um novo norte para a próxima geração de himalayistas.
 
A questão da proeminência
 
O reconhecimento oficial de uma elevação como cume principal se baseia geralmente na proeminência, ou seja, sua altura com referência ao colo que a separa do cume mais próximo que a supere em altitude. A regra aceitada geralmente determina 300 metros de proeminência para que um cume seja considerado principal, e a montanha seja "independente". Segundo este critério, nenhum dos seis pretensos novos picos deixaria de ser um cume secundário.
 
Entre os 14 oitomil principais, de acordo com dados de Eberhard Jurgalski, a menor proeminência que se tem é no Lhotse, com 610 metros em relação ao maciço principal do Everest. Portanto, a proposta dos especialistas é reduzir consideravelmente a cifra.
 
O que acontece é que além dos 14 oito mil conhecidos existem 16 elevações de mais de 8000 metros de altitude com uma proeminência de ao menos 30 metros. Os seis cumes secundários com as recomendações do projeto Agura são as mais proeminentes, e todas elas superam os 60 metros de proeminência, enquanto o resto fica abaixo dos 50 metros.
 
A classificação dos seis cumes citadas, neste ponto de vista da proeminência seria a seguinte, segundo os dados de Eberhard Jurgalski em 8000ers.com:
 
1. Broad Peak Central: 181 metros de prominência
2. Yalung Kang: 135 metros de prominência
3. Kangchenjunga Sul: 116 metros de prominência
4. Lhotse Shar: 72 metros de prominência
5. Lhotse Medio: 65 metros de prominência
6. Kangchenjunga Central: 63 metros de prominência
 
Novos cumes de oito mil darão novo norte para himalayistas
 
Segundo a Associação de Montanhismo do Nepal, "O reconhecimento de seis novos cume principais de oito mil metros traria consigo uma nova era para os alpinistas: Novos objetivos para himalayistas veteranos e nova inspiração para os jovens. Também atrairia mais expedições ao Nepal, o que incrementaria o ingresso por permisos, abriria novas oportunidades de trabalho, estimularia a economia local e nacional, e aumentaria o prestígio e reputação internacional do Nepal como um destino seguro e de qualidade".
 
 
 
 
 
 
 
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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