Vândalos passam graxa em boulders de Moab

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A região de Big Bend em Moab nos Estado Unidos é muito conhecida pelos seus boulders de arenito. No entanto, no último final de semana, os escaladores da região foram surpreendidos ao encontrarem uma substância, parecida com graxa a base de petróleo em várias linhas.

A substância foi encontrada em pelo menos três blocos diferentes. Foto: Steph Davis

Os blocos mais afetados foram o Black Box Boulder, Chaos Boulder e Punisher Boulder que possuem várias linhas de boulder. Como o local fica a margem da  Rodovia 128 e possui fácil acesso não se sabe quem pode ter feito tal ato.

A limpeza

A comunidade de escaladores local começou a limpeza por conta própria no sábado. A escaladora Maddy Barney contou que fez algumas pesquisas que diziam que a única forma de limpar a graxa seria com produtos químicos agressivos. No entanto, com medo de danificar ainda mais a rocha, ela decidiu utilizar bicarbonato de sódio e água na tentativa de limpeza. A principio a limpeza surtiu efeito, mas ainda não se sabe qual será o dano a longo prazo.

Apesar de não haver indícios de quem cometeu o ato de vandalismo, alguns escaladores da região acreditam que possa ter sido alguém que conhece muito bem os boulders,  uma vez que linhas especificas foram afetadas.

“Então, para lubrificar especificamente esses apoios apenas naquela pedra você precisaria estar ciente dos movimentos (e da existência) dessa travessia baixa. Por esta razão, estou assumindo que foi feito por um alpinista, e por um alpinista que conhece certos problemas muito específicos em Big Bend. Não consigo imaginar como um não alpinista escolheria lubrificar essas agarras em particular”, escreveu Steph Davis.

Atos assim já foram registrados em outros locais, mas o que mais incomoda os escaladores da região é o uso de graxa a base de petróleo que pode trazer danos irreversíveis a rocha.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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