Votação para o Mosquetão de Ouro 2024 está aberta; participação é gratuita e vai até sexta (21), às 22h

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Já está aberta a votação para o Prêmio Mosquetão de Ouro 2024, uma das principais homenagens do montanhismo brasileiro. O prêmio reconhece, anualmente, ações, conquistas, feitos e contribuições relevantes para o desenvolvimento do montanhismo, da escalada e de suas vertentes no país.

A premiação do Mosquetão de Ouro ocorre todos os anos desde 2015.

A votação é gratuita, aberta ao público e permanece disponível até às 22h da próxima sexta-feira, 21/11. Agora, para garantir mais segurança e transparência, somente usuários cadastrados podem votar. Para isso, basta criar uma conta gratuita ou entrar com seu login. Cada usuário pode votar uma única vez.

Confira, a seguir, os indicados de cada categoria:

Categoria Montanhismo

  • Demétrio Orfali Filho e Carlos Augusto dos Santos

Reabertura da trilha ao Pico da Neblina em março de 2024, dentro do projeto Yanomami de ecoturismo, apoiado por ICMBio, Funai, ISA e AYRCA. A expedição não comercial realizou a reabertura, demarcação e testou a implantação de um banheiro ecológico.

  • Marlon Schunck, Marcelo Melo e Thales Pordeus Ferreira

Travessia exploratória pelas Serras Altas da Bahia, região dos chamados “Gigantes do Nordeste”. Em oito dias, o trio percorreu 145 km em estilo ultraleve e ascendeu 20 dos 28 picos acima de 1.800 m, incluindo o Pico do Barbado (2.033 m).

Categoria Escalada

  • Edemilson Padilha, Valdesir Machado, Willian Lacerda, Daniel Amorim e Javier Franco

Abertura da via Carpinteiro do Universo  com 910 m  graduada em 7º grau (VIIIa A2 E3 D5) na Pedra do Cabrito (ES). Uma parede de mais de 900 metros vencida após oito dias de grandes desafios técnicos e calor intenso.

  • Eduardo Formighieri

Repetição da histórica via North America Wall, no El Capitan (EUA), ao lado dos norte-americanos Nate Vince e Wes Fisher. O trio levou sete dias para concluir a escalada. A via graudada em (VI 5.8 C4F ou A3), foi aberta em 1964, é um ícone da escalada tradicional em Yosemite.

  • Lucas Teixeira

Abertura da via Periféricos (+750 m, V 6sup E3 A1), na Face Oeste da Pedra da Gávea. Essa é a via mais extensa do Rio de Janeiro. Lucas contou com a parceria de Ariel Silva, Ian Negroni, Rafael Sales e Samara Nunes, todos escaladores oriundos de regiões periféricas da cidade.

Categoria Altas Montanhas

  • Carlos Santalena e Olivia Bonfim

Reconhecidos pelo Guinness World Records como o primeiro casal do mundo a completar o desafio Double Head em menos de 24 horas, escalando o Everest (8.849 m) e o Lhotse (8.516 m) em sequência.

  • Fernanda Maciel

Recorde mundial de velocidade na ascensão da Piramide Carstensz (Indonésia). Fernanda atingiu o cume e retornou ao acampamento base em 1h48min, o menor tempo já registrado.

  • Maria Tereza Ulbrich

Montanhista brasileira com o maior número de cumes acima de 6 mil metros nos Andes. Em 2024, alcançou 32 montanhas, incluindo ascensões ao Volcán del Viento, o remoto Walther Penck e Uturuncu.

A divulgação dos resultados será em 23/11, durante o Campeonato de Escalada de Santa Catarina.

Categoria Escalada Esportiva

  • Amanda Criscuoli Tavares

Aos 17 anos, encadenou a via Problema de Uma Geração (10a BR), tornando-se a mais jovem brasileira a chegar nessa graduação, a primeira mulher gaúcha e responsável pelo FFA da linha.

  • Beto Ferragut

Primeira cadena do Projeto Rosinha, boulder V15, no Setor do Aranha, em São Bento do Sapucaí.

  • Jordana Agapito

Encadenou a via Gigante pela Natureza (11a), sendo a sexta ascensão e a primeira mulher brasileira a atingir esse grau.

Categoria Montanhismo e Sociedade

  • Flavio Daflon

Escalador, guia e autor, com décadas de contribuição ao montanhismo, incluindo livros, cursos, guias e participação na organização do esporte no Rio de Janeiro.

  • Francisco Berardi

O “Lobo da Montanha”, membro do CEB desde 1968, figura histórica da escalada carioca, com grande influência na formação de gerações.

  • Luis Monteiro

Fundamental na criação da AME e na regulamentação da escalada na Gruta da Lapinha. Atua há décadas no desenvolvimento técnico e organizacional do montanhismo mineiro.

Categoria Montanhismo e Ação Local

  • AltaMontanha

Portal de notícias no ar desde 2004 e é referência na divulgação de notícias, cultura e história do montanhismo no Brasil. Atua também no comércio de equipamentos, representando marcas internacionais.

  • Caminho da Mata Atlântica

Megatrilha de 4.200 km que usa o montanhismo para promover conservação, turismo sustentável e geração de renda para comunidades locais.

  • COSMO – Corpo de Socorro em Montanha

Associação voluntária criada em 1996 que atua em resgates, prevenção, manutenção de trilhas e apoio ao Corpo de Bombeiros do Paraná.

Categoria Vida na Montanha

  • Carlos Alberto Carrozzino

Montanhista ativo desde os anos 1960 e que segue ainda escalando aos 82 anos, com diversas vias clássicas no currículo.

  • Waldemar Niclevicz

Um dos maiores nomes do montanhismo brasileiro, primeiro brasileiro no Everest (1995) e responsável por conquistas inéditas em montanhas acima de 8 mil metros.

Categoria Homenagem Póstuma

  • Domingos Giobbi

Pioneiro do montanhismo técnico no Brasil, fundador do CAP e responsável por primeiras ascensões nas Américas e Europa.

  • Mozart Catão

Primeiro brasileiro a escalar o Everest, ao lado de Niclevicz, em 1995.

  • Rodrigo Raineri

Primeiro brasileiro a escalar o Everest três vezes, líder de expedições no Himalaia e nos Andes.

A votação segue aberta até sexta-feira, 21/11, às 22h.
Basta entrar no site da Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada CBME, fazer login gratuito e escolher seus favoritos.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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