Vovó de 89 anos sobrevive 4 noites perdida nos Alpes Italianos

0

Com 89 anos de idade, Giuseppina Bardelli passou cinco dias e quatro noites desaparecida em uma região dos Alpes, próxima a Monterecchio, na Itália. Ela estava colhendo cogumelos quando se perdeu de seu filho. Em seguida, sentiu-se mal e caiu cerca de 6 metros em uma encosta. Durante a queda, fraturou algumas costelas, o que a impossibilitou de retornar sozinha.

Equipes realizando os primeiros atendimentos após encontrar Giuseppina . Foto: Divulgação Vigili del Fuoco

O filho da idosa acionou os socorros, dando o alerta de desaparecimento de Giuseppina. A equipe de busca contava com cerca de 50 pessoas e também utilizou helicópteros e drones para tentar localizá-la. No entanto, ela estava em uma região com muita vegetação, o que dificultou a operação. “Ela estava escondida em uma encosta profunda, cheia de vegetação alta. Ela não podia nos ver e nós não podíamos vê-la”, contou o bombeiro que coordenou a busca, Silvio Rizzelli.

Quando foi encontrada, Giuseppina estava cansada, porém lúcida, e não permitiu que os socorristas colocassem um colar cervical nela. Ela foi levada ao hospital e se recupera bem.

A família da idosa acredita que sua experiência no Clube Alpino Italiano ajudou Giuseppina a sobreviver durante os dias e noites na montanha. Outro filho dela contou ao Corriere della Sera que ela sobreviveu bebendo água da chuva. “Ela bebia água da chuva em poças, dormia sob as árvores, usando a vegetação como cobertura”, disse ele. “Uma raposa se aproximou dela várias vezes. Elas meio que se tornaram amigas. Toda noite, ela recitava o rosário. Ela sabia que cada dia poderia ser o último”, completou.

A família contou também que chorou aliviada ao saber que a mãe estava viva. “Quando eles disseram que ela estava viva, a alegria foi imensa. Um enorme agradecimento às muitas pessoas que nos ajudaram. Ela está bem agora”, disse.

 

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário