Há 155 anos, nascia Cândido Mariano da Silva, o marechal Rondon, que ficou conhecido como um grande desbravador e conquistador brasileiro. Ele foi o responsável por interligar o Rio de Janeiro as regiões remotas do Mato Grosso e Amazônia. Enquanto o montanhismo e as atividades de trekking por lazer ainda engatinhavam no país, ele empreitou uma jornada militar desbravando o sertão para abrir caminhos e instalar linhas telegráficas.
Rondon descobriu rios, montanhas e vales, mapeou regiões e desenvolveu importantes trabalhos científicos para as áreas de cartografia, botânica, geologia, zoologia, antropologia e etnografia de populações indígenas e sertanejas. Assim, esses trabalhos realizados pelo desbravador foram fundamentais para o desenvolvimento de mapas do território nacional. Ele também foi responsável por interligar o interior do Brasil com estradas e telégrafos. Porém, o seu maior feito foi fazer tudo isso em harmonia com os índios, respeitando os seus direitos e modo de vida e convivendo pacificamente.
Sua relação de respeito com os indígenas
Cândido Mariano da Silva nasceu no interior do Mato Grosso, em 1865, e tem descendência indígena em sua origem. O menino ficou órfão ainda muito pequeno e foi criado por seu tio, Manuel Rodrigues da Silva Rondon, um capitão da Guarda Nacional. Todavia, quando adulto, o desbravador adotou o nome Rondon em sua homenagem.
Criado com fortes ligações a cultura indígena e sob disciplina militar, Rondon teve uma promissora carreira no exército e como desbravador. Em 1910, Rondon assumiu o Serviço de Proteção ao Índio, e anos mais tarde tornou-se o primeiro presidente do Conselho Nacional de Proteção aos Índios. Em 1952, foi responsável pela criação do Parque Nacional do Xingu.
Graças a sua vida com grandes contribuições ao país e respeito aos direitos dos povos nativos, em 1956, o território de Guaporé passou a ser chamado de Rondônia em homenagem a ele. Assim, esse é o único nome de estado que faz referencia a uma figura pública.