Rodrigo Raineri aguarda por cerimônia Puja antes de subir ao Everest

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No 12º dia da expedição que o levará ao topo do Everest, de onde pretende decolar de parapente no mês de maio e se tornar a primeira pessoa a executar um vôo solo do cume à base da montanha mais alta do mundo, o brasileiro Rodrigo Rainieri já está pronto para rumar ao acampamento base e iniciar o processo de 30 dias de aclimatação e subida ao pico.

No entanto, antes do dia 17 de abril não poderá deixar o acampamento base. Afinal, está marcada para a próxima quarta a cerimônia Puja, onde o alpinista receberá as bençãos da deusa Chomolungma para poder seguir caminho.

“A cerimônia é uma tradição que os Sherpas fazem, com objetivo de pedir permissão à deusa para a subida, de modo que ela permita que a pessoa atinja seu objetivo e volte com vida. Antes disso ocorrer não devo subir além do acampamento base”, explica Ranieri, que, por já ter chegado ao topo outras duas vezes (de um total de quatro escaladas), já está acostumado e respeita a tradição.

A palavra sherpa Chomolungma pode ser traduzida como “Deusa-Mãe da Terra” e acredita-se que é necessário homenageá-la antes da subida porque, apesar da presença constante de alpinistas, o Everest é solo sagrado. Desta forma, a cerimônia Puja busca garantir que o alpinista e toda equipe recebam as graças de Chomolungma e de outras entidades que habitariam toda a cordilheira.

Vale lembrar que o povo Sherpa pertence a uma etnia do Nepal, da qual fazem parte cerca de 155 mil pessoas naquele país, a maioria budistas. Experts em montanhismo, os Sherpas atuam constantemente como guias especialistas no Himalaia, em especial no Everest e, por causa de sua sabedoria, a palavra “sherpa” acabou se tornando sinônimo de “guru” em diversos lugares.

“Além do conhecimento e habilidade, os sherpas são excelentes pessoas e muito queridas por quem vem para cá”, diz Ranieri, que está acampado a uma altura aproximada de 5 mil metros (o cume da montanha fica a 8.848 metros) e tem enfrentado temperaturas que variam de zero a cinco graus negativos nesta fase do projeto Everest 2013.

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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