57 anos da conquista da rota oeste no Everest

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As principais rotas utilizadas para chegar ao topo do mundo são as rotas ao sudoeste no Nepal e ao norte no Tibete. Ainda assim, escalar o Everest não é nada fácil e muitas pessoas já perderam suas vidas nessa aventura. Porém, além dessas rotas, existem outras ainda mais difíceis. Em 1963 uma dupla de americanos conquistou uma rota alternativa até hoje pouco repetida, o do lado oeste passando pelo corredor Hornbein.

A dupla se preparando para a escalada

Até o ano de 1963 o cume havia sido pisado apenas em quatro expedições. Os montanhistas Tom Hornbein e Willi Unsoeld iniciaram a escalada em maio desse ano com o objetivo de conquistar uma rota alternativa. Para isso escolheram o lado oeste, e subiram do campo 2 até o topo da geleira Khumbu, atingindo o cume a 7.300 metros de altitude. Entretanto, esse foi só o inicio da jornada.

Eles seguiram pelo lado oeste até os 7.600 metros onde encontraram alguns obstáculos intransponíveis e decidiram desviar pela rota do lado norte. Lá eles instalaram um acampamento a 7.650 metros de altitude e foram atingidos por fortes ventos.

O lendário corredor Hornbein

Porém, mesmo com o imprevisto, eles decidiram prosseguir. Ao alcançar a marca dos 8 mil metros eles se depararam com um corredor estreito que mais tarde seria chamado de corredor Hornbein. Nesse último trecho para chegar ao cume, os dois montanhistas encontraram inclinações de 50º a 60º graus e lances de escalada de quarto grau.

Everest e o Corredor Hornbein.

Eles chegaram ao cume por volta das 18 horas, após vencer as dificuldades da escalada. Um horário muito mais tarde do que a equipe que subiu pela rota normal. Todavia, como estavam com poucas reservas de oxigênio, eles comemoraram rapidamente o feito e iniciaram a descida pela rota normal com o objetivo de encontrar os seus companheiros e lhes pedir ajuda.

Durante a descida encontraram Barry Bishop e Lute Jerstad, entretanto esses também estavam com pouco oxigênio. A descida entrou noite adentro, e os quatro acharam melhor descansar em bivaque ao ar livre para retornar a descida as 4 da manhã do dia seguinte. No outro dia pela manhã continuaram a descer e encontraram alguns montanhistas que traziam cilindros de oxigênio para eles e conseguiram chegar a base com segurança. Unsoeld,  Bishop e Jerstad sofreram queimaduras de frio por conta da noite.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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