Homem é socorrido em estado grave após ser atropelado por trem na Serra do Mar Paranaense

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Um homem de 60 anos foi resgatado após ser atropelado por um trem na Serra do Mar Paranaense, em 24/02. Ele sofreu traumatismo cranioencefálico e diversas esfoliações. A vítima estava no Caminho do Itupava próximo a roda d’água. Nesse local a famosa trilha cruza a linha do trem. Não foi divulgado se ele estava caminhando pelo trilho ou apenas atravessando a ferrovia. A própria Rumo Logística, empresa responsável pelos trens realizou o resgate e prestou  os primeiros atendimentos.

Resgate realizado com o auxílio do helicoptero do BPMOA. Foto: BPMOA

Mapa com principais atrativos da trilha e a ferrovia. Imagem: Viajali.com

Ele foi transportado por um auto de linha (veículo utilizado para manutenção e transporte de trabalhadores na ferrovia) até a Estação de Piraquara, na região de metropolitana de Curitiba. E de lá encaminhado para o Hospital do Trabalhador com o auxilio do Helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas da Polícia Militar (BPMOA) que trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros.

O Caminho do Itupava é uma trilha histórica que liga a capital paranaense a cidade de Morretes no litoral do estado. Esse caminho de origem indígena em meio à mata atlântica foi utilizado por muito tempo como a única ligação entre o litoral e o restante do Paraná por bandeirantes, tropeiros, escravos, comerciantes e outros viajantes. Somente a partir de 1873, com a inauguração da Estrada da Graciosa e, posteriormente em 1885, com a construção da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, que esse caminho caiu em desuso.

Atualmente essa rota centenária é muito procurada por aventureiros e amantes de trekking. O percurso possui cerca de 16km e leva em média 6 a 7 horas. Em alguns pontos a trilha passa muito próximo a ferrovia, no entanto é proibido caminhar pelos trilhos do trem, apesar dessa prática ser comum entre aventureiros.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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