Alpinistas da Mongólia seguem desaparecidos no Everest

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Dois montanhistas da Mongólia desapareceram após deixar o Acampamento 4 em direção ao cume do Everest. Usukhjargal Tsedendamba, de 53 anos, e Prevsuren Lkhagvajav, de 31 anos, estavam escalando sem oxigênio e sem Sherpas.

O último contato dos dois montanhistas foi feito em 12/05 quando ambos saíram do Acampamento 4. “Eles estavam confiantes em suas habilidades e força, disseram-nos que eram escaladores profissionais e não precisavam do apoio dos sherpas”, disse Lakpa Sherpa, da 8K Expeditions, ao The Everest Chronicle. Segundo a empresa,  que foi contratada pelos montanhistas para prestar o apoio no Acampamento Base, foi oferecido o serviço de guia em altitude aos montanhistas, todavia eles recusaram.

Os dois montanhistas Mongóis seguem desaparecidos.

No entanto, a 8K Expeditions enviou os montanhistas Arjun Karki e Langka Ram Tamang ao acampamento 4 para coordenar as buscas. Todavia, o tempo piorou na tarde de terça-feira (15/05), o que dificulta as buscas. Foram relatados ventos fortes que alcançaram velocidade do vento entre 70-80 km/hora.

Nessa temporada entrou em vigor a obrigatoriedade de todos os montanhistas portarem um rastreador GPS para ajudar nas buscas em caso de desaparecimento. No entanto, a tecnologia é inútil quando as buscas são feitas a pé devido ao tamanho da área que deve ser rastreada. Acredita-se que os dois montanhistas mongóis desapareceram acima dos 8 mil metros, altitude onde não é possível sobrevoar com os helicópteros. Além do mas, não está confirmado se os dois montanhistas estavam portando os rastreadores quando desapareceram.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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