No fluir das casualidades da vida, me chegou aos olhos o edital do Clube Paranaense de Montanhismo (CPM) de abertura da turma 2024 para o curso Busca em Áreas Remotas (CBAR). De pronto, me inscrevi e reservei agenda para as etapas teóricas e práticas, pois o tema é do meu interesse há tempos.
Mais de uma vez, nessa breve jornada de trilhas, quase sempre autônomo, vivenciei pequenos perdidos ou, mais tecnicamente, desorientações. Por vezes pelos jornais, pelas redes sociais e mesmo em campo, acompanhei diversas buscas, com desfechos mais ou menos satisfatórios: pelo escoteiro Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon (não encontrado), pelo atleta francês Gilbet Eric Welterlin (falecido), pelo romeiro Pedro Donizete Francisco (não encontrado), pelo paulista Luis Cássio Bezerra de Santana (resgatado) e pela trilheira Cecília Nunes (resgatada), entre tantos outros mais ou menos divulgados pela mídia.
São muitos os casos de maior complexidade que demandaram recursos especializados que se estenderam por dias ou semanas. A simples lógica, traduzida pelas pirâmides de Heinrich, de Bird e assemelhadas torna evidente o quanto essa “ponta do iceberg” esconde de eventos de menor gravidade. E, à exemplo do que se prática na área de segurança, sinaliza o caminho para minimizarmos as dores de pais, mães, filhos e amigos. Agir na prevenção, adequar o comportamento inseguro, interromper a cadeia de eventos que conduz às fatalidades.
O artigo da trilheira Karine Variane Angelini, “Pessoas perdidas e desaparecidas em montanhas do Brasil: o que podemos aprender com isso” trata dos diversos fatores que contribuem para a ocorrência do “perder-se”. Merece ser lido e relido atentamente. Aprender com os eventos pregressos e com o erro alheio é menos sofrido que o fazer com a própria pele. Sugiro aproveitarmos da capacidade cognitiva que nos destaca dos outros animais e tratarmos de contingenciar, no possível, nosso risco. Esse artigo, trata de uma iniciativa nesse sentido, de compreender um pouco melhor o como evitar tornar-se um buscado. E, sendo, como portar-se da forma mais contributiva possível, para o bom desenlace do evento.
Nosso instrutor foi nada menos que lendário: Máfia, patrimônio do montanhismo Paranaense e do CPM, um dos fundadores do Corpo de Socorro em Montanha (COSMO), com extensa experiência em buscas e montanhismo aqui no Brasil e no exterior, em alta-montanha. Para escudá-lo nessa nobre tarefa, contou com o apoio de uma extensa rede de abnegados voluntários que cederam tempo, capacidade e esforços nos bastidores. Gostaria de agradecer à cada um nominalmente, mas por absoluta falta da minha parte voluntário/a. Citarei poucos nominalmente, por absoluta falta da minha parte: Luisa Mazarotto, coordenadora das equipes de monitores, Júlio Cesar Ferreira do Nascimento (Manuel Lost), nosso teimoso perdido, Marcelo Chrispin (infraestrutura de rádio), à família da vítima, Celso, Giulia e Rebecca/Débora e (Pai, mãe e prima, respectivamente) que suportaram dezenas de chamadas no afã de obtermos mais informações e ao próprio CPM, na figura de sua presidente, Sintia Rekdal. Numa conta de padaria, arrisco dizer que para 20 alunos, tivemos a participação de cerca de 40 voluntários, em momentos diversos. Apenas a preocupação e o carinho com o irmão montanhista explicam a dedicação de tantos.
Se alguma dúvida da qualidade do treinamento, o elevado nível técnico do corpo discente, desde a primeira hora afiançou a seriedade da proposta. Dos colegas de turma, quase metade trabalha na área de segurança pública, voltados às buscas em matas e a prestação de apoio em catástrofes. Do Grupo Operações e Socorro Tático (GOST), tínhamos o Capitão Maurício Dubas e o soldado Eber Leite. Do 8ºGrupamentos de Bombeiros do Paraná, responsável pela área de Morretes (8ºGB) os cabos Guilherme Valenga e Anderson Ferreira. Do Batalhão da Polícia Militar Operações Aéreas (BPMOA), o sargento Maxi Tabosa e soldado Aristeu Zavatti. Do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), o cabo Alex Sandro.
Outra parte, formada majoritariamente por montanhistas experientes, Frederico (Dico) e Juliana Virmond, médicos de Guarapuava; André dos Santos, de Porto Alegre; Edson Chaparro, engenheiro florestal; Gabriel Vezzani, arqueólogo, socorrista e bombeiro civil; Gabriel Cieslak, corredor de montanha; Felipe dos Santos, montanhista e radioamador. Marco Forte, montanhista desde 91há algumas décadas, retomando às atividades com maior frequência. Seja bem-vindo de volta. Dispúnhamos também de uma dupla de brunos: Barretos e Banhuk. O time do gênero mais forte ainda dispunha da Lorena Farias, da Amanda Castro (médica) da Tatiana Guerra (piloto privado).
Quero destacar um colega iniciando no montanhismo pelo melhor caminho, pela capacitação. Jalton de Souza, parabéns pela iniciativa e que seja de grande alegria tua trajetória na suada e alegradora mania de subir montanhas, sabe-se lá o porquê.
Tendo saído de SP desinformado sobre como transcorreria a etapa do simulado, como estratégia do treinamento, tratei de dispor de equipamento completo para um pernoite autônomo, sob gélidas temperaturas de um fim de semana chuvoso na imensidão de uma serra qualquer no Paraná. Difícil projetar cenário mais agreste que essas plagas, com a visibilidade realmente nula, temperaturas reais negativas e intensos ventos que derrubam a sensação térmica a patamares bem inferiores a 0ºC. A somar-se nesse quadro hostil, não é raro que a chuva, com maior ou menor intensidade esteja presente. Frio molhado e ventoso, condição não rara de ocorrência nessas regiões é uma combinação das mais problemáticas quanto ao risco de hipotermia.
Para suportar essa má condição, meus equipamentos contavam com jaqueta de pluma, uma segunda pele técnica, mais “quente”, separada para pronto emprego. Duas capas de chuvas descartáveis, poncho de emergência. Os equipamentos de dormir estavam protegidos por 3 camadas plásticas. A jaqueta de pluma, idem. A segunda pele para pronto emprego, apenas uma camada, pois ainda se mostra funcional úmida.
:: Leia também: Hipotermia – grave risco negligenciado em um país subtropical
O curso iniciou-se com uma rápida apresentação do CPM, da estrutura de apoio, do instrutor (Máfia), seguida da apresentação individual dos alunos. Minha impressão da seriedade da proposta já era positiva, ao conhecer meus colegas de treinamento apresentação, fiquei ainda mais confiante quanto à qualidade da formação que receberia.
Na sequência, ao longo da semana das 19h30 às 22h30, o Máfia discorreu sobre a legislação afeita, responsabilidades e competências, riscos e perigos, os diferentes níveis de planejamento de missões de busca, comportamentos típicos de resgatistas e vítimas, pedidos de ajuda, estratégias de busca, delimitações de áreas, protocolos de atuação, segurança em operações de busca, administração de recursos, sempre com apartes dos colegas baseados em suas experiências. Os casos apresentados, coadunavam aspectos diversos das explanações em todo coeso e lógico.
Na terça, elegemos nosso líder para a atividade de campo, o Capitão Dubas que incontinente solicitou voluntários para compor seu estafe, cobrindo as funções de coordenador das equipes de rastreio/campo; escriba, entrevistador, operador de rádio, suporte de cartografia e logística.
Apesar de ter saído de SP com a intenção primeira de aprender algo sobre rastreio em campo e ter predileção por trabalho de campo, acabei por entender que me faria mais útil à equipe se ficasse na base, como escriba ou na parte de mapeamento. Difícil cotejar atividades tão dispares quanto essas “de inteligência” com o trabalho de campo, de rastreio, de cunho realmente “físico/prático”. São complementares e a harmonia entre ambas se mostra crucial para o bom desenvolvimento das buscas. Aqui, cabe um parêntese: que por bom desempenho não se entenda, apenas, o encontrar do buscado, sob qualquer condição. A atividade de buscas, desempenhada de forma “ótima” pode não encontrar o perdido, por inúmeras razões, discutidas durante as aulas teóricas e vivenciadas no simulado. Uma busca que otimize o emprego dos recursos disponíveis e que resulte na máxima probabilidade de encontrar o perdido, sem produzir novas vítimas é uma busca exitosa. Foi alegrador ver meus colegas de aprendizado abrirem mão do que “mais gostariam” de fazer, em preferência a atividades em que se sentiam mais capazes de contribuir. Nosso coordenador ponderou com a equipe, por diversas vezes, que não nos descuidássemos do aspecto didático da atividade.
Concluímos ser proveitoso dispor de redundância em algumas atividades, de forma que fiquei na função de escriba, em dupla com o Anderson. Dispúnhamos também de redundância na função de entrevistador, com os colegas Zavatti e Marco Fortes. As demais funções foram populadas pelos colegas: coordenador das equipes de rastreio, Chaparro; operador de rádio: Felipe; apoio de cartografia, André e logística Tatiana Guerra.
Previsão de tempo bastante desencorajadora, não impediu que muitos se irmanassem na composição das equipes de rastreio que fariam o trabalho em campo. Montamos previamente 5 equipes, nomeadas de alpha (Lorena e Barreto), bravo (Dico e Juliana), charlie (Valenga e Amanda), delta (Tabosa e Eber) e ecko (Bruno, Vezzani e Sandro). Determinou-se em cada equipe, quem seria o líder e que ao eventualmente se agregar duas equipes, o comando da equipe resultante seria aquele da equipe precedente previamente informado. Decidimos que contaríamos com um “coelho”, Gabriel Cieslak, que poderia ser agregado a qualquer equipe ou trabalhar de forma independente, no caso da coordenação demandar um deslocamento célere para obtenção de informações ou prestação de primeiros atendimentos à vítima ou a algum componente da equipe de buscas ou de monitoria.
Com a “lambuja” de sabermos com certa antecedência da área de buscas para o simulado, procurei estudar os registros de deslocamentos anteriores e elaborar alguns mapas para apoio das operações. Plotei todos os registros, criando assim uma imagem dos caminhos mais (ou menos) frequentados pelos grupos que percorrem aquela área.
Simulado prático
No sábado, pouco após as 4h, o André me encontrou esperando na recepção do hotel e seguimos para buscar a Lorena. Com o trio completo, tocamos para a base de operações para o simulado, na parte baixa do Araçatuba (Professor Hamilton).
Chegamos na base do conjunto Araçatuba e tratamos de instalar o centro de comando e as barracas para o pernoite da equipe. Com o bom entrosamento que alcançamos ao longo das aulas teóricas, em pouco tempo concluímos as instalações do centro de comando. Sem falsa modéstia, fizemos nesse quesito, um trabalho bem alinhado: Afixamos provisoriamente na parede, um organograma com os nomes, funções e fotografias, para facilitar o fluxo de informações dentro da equipe. Quadros brancos permitiam o registro ágil das informações coletadas para posterior processamento. As hipóteses em discussão também foram registradas em quadros brancos, de forma a permitir sua validação frente às informações brutas eventualmente obtidas pelas equipes de entrevistadores e de campo. As tarefas pendentes foram anotadas em outro quadro, ao lado. A organização da sala de comando foi pensada de forma que, em caso de rendição parcial ou total da equipe em atividade, não se perdesse de vista os pontos já abordados ou as ações planejadas. Os trechos de trilha “batidos” pelas equipes de campo foram anotados, em tempo real ou “a cada atualização”, bem como os indícios encontrados, com suas coordenadas, buscando-se identificar um padrão para o deslocamento da vítima e, a partir dessa análise, quais áreas deveriam ser objeto de buscas prioritárias e quais deveriam ser postergadas, visando maximizar as probabilidades de encontrá-la em tempo hábil para sua sobrevivência.
Os entrevistadores tiveram grande dificuldade em obter informações de melhor qualidade, pois a vítima não deixou nenhum reporte detalhado do que pretendia fazer, não trajava equipamento que fossem reconhecidos de forma assertiva como de sua propriedade (vestes comuns, de cores comuns, em suma). A informação de que havia levado para a trilha um pacote de laranjas trouxe uma dificuldade adicional, já que apenas foram encontradas cascas de bergamota nas áreas de busca. Algumas equipes entenderam por bem denominar essas evidências como “cascas de laranja”. Na sala de comando dispúnhamos de rastros declarados de cascas de laranjas e de mexericas/bergamotas. Em função dessa imprecisão no uso do significado “laranja”, alguns rastros foram desconsiderados. Não houvesse nenhum reporte de “casca de laranja”, todas as cascas de bergamotas seriam tomadas por “de laranja”. Não houvesse nenhum reporte de “casca de bergamota”, a mesma conclusão teria sido adotada. O meio termo verificado permitiu a dúvida e favoreceu a má interpretação do conjunto de rastros da vítima.
Não descuidando do cunho didático do Simulado, fizemos uma reunião de encerramento das atividades do dia, apresentando à toda equipe as atividades , ações e procedi- mentos adotados ao longo do primeiro dia, as informações coletadas pelas equipes através de entrevistas e rastreio de campo. Após uma curta discussão, franqueada a palavra a equipe e com um aparte do Máfia, decidiu-se pelo envio das equipes às áreas ainda não verificadas em campo, por serem mais distantes e demandarem maiores recursos. Considerando que o trabalho de maior aproveitamento já se encontrava exaurido, deliberou-se pela redução do estafe na sala de comando, de forma a reforçar as equipes de campo. Algumas funções seriam desguarnecidas, com os voluntários da sala de comando acumulando atividades. Passamos de um estafe de 9 voluntários para 6. Ao longo das atividades, nos o reduziríamos ainda mais.
Nosso coordenador me inquiriu se aceitaria assumir a coordenação geral da equipe nesse segundo dia, de forma que ele pudesse se somar às equipes de campo. Empossado da nova função, pude perceber, agora sem a correria e agitação da véspera, a complexidade das ações em curso. O tomar de decisões, lastreadas nas informações parciais e insuficientes disponíveis é um fardo difícil de lidar. As equipes de campo, os familiares e amigos, enfim as pessoas fora do posto de comando supõem que são deliberações simples, mas enviar a equipe “A” ao ponto “X” consome recursos preciosos que permanecerão indisponíveis por horas, mesmo com uma comunicação efetiva entre o posto de comando e as equipes de campo. Modificar uma estratégia planejada com base nas informações disponíveis às 22h pode se mostrar inviável, frente às novas informações obtidas às 8h. No campo, você responde pela sua ação. Na coordenação, responde pelo resultado de dezenas de ações que estão se desenvolvendo longe de seus olhos, sob condições climáticas desconhecidas. Além da segurança da vítima precisa zelar pela segurança das equipes. Experiência ímpar. Escolhi certo, ao decidir ficar na base.
Para esse segundo dia de buscas, baseados nas áreas a serem cobertas e na menor visibilidade esperada para esses trechos, readequamos as equipes, dividindo os voluntários disponíveis em quatro equipes: alpha: Lorena, Amanda e Jalton com acesso ao Araçatuba pela trilha da Corujinha e reforço à equipe Bravo na região do Inferno Verde; bravo: Dico, Juliana, Marco e Tabosa com acesso pela Frontal e área de buscas no Inferno Verde; charlie: Bruno, Andre e Zavatti com acesso pela Lapinha e somando à equipe Bravo no Inferno Verde e delta: Gabriel, Sandro, Barreto, Dubas e Eber com acesso ao Araçatuba pela Frontal visando a área de buscas aos pés do Morro dos Perdidos. Todas as equipes por padrão fariam o retorno à base de operações pela Frontal.
Frente às dificuldades observadas na comunicação entre o centro de comando e as equipes de campo no primeiro dia, decidi por enviar o Gabriel Vezzani para a região de cume do Araçatuba, com a o intuito de que pudesse fazer o papel de “ponte” entre as equipes de campo e o centro de comando. Na encosta voltada para o centro de comando, esperava-se que conseguisse contato com o próprio centro de comando e as equipes que subiam pela trilha da Lapinha, corujinha e dos perdidos. Ao descerem para a região de sombra/penumbra de rádio do cume, passariam a fazer contato com ele no cume e, por sua vez, retornaria algumas dezenas de metros para, obtendo contato, fazer o reporte da informação. Faria ciclos de 30 minutos em cada posição. Ao subir com esse direcionador, reportou ter encontrado material (blusa feminina e jaqueta) à beira da trilha. Plotado esse novo indício, percebeu-se que estava quase fora das áreas de busca, próximo da área de acampamento, na entrada do Parque. Era crucial verificar com a família se a jaqueta era do ML. Feito contato telefônico com a mãe, esta confirmou que a jaqueta era do filho. A hipótese de que vitima estivesse vagando desnorteada após 4 dias perdida nas montanhas ganhou força no Centro de Comando. Verifiquei a posição das equipes em campo e determinei às equipes Alpha e Charlie que alternassem a área de buscas secundária e que retornassem pela trilha frontal, revisando atentamente os rastros em ambos os lados. Em paralelo, autorizei que uma equipe “extra” fosse composta pelo coordenador das equipes de rastreio, Chaparro, pelo escriba Ferreira pelo entrevistador Zavatti e efetuasse diligências pela parte baixa do Parque, na tentativa de encontrar o desaparecido, haja vista as equipes Alpha e Charlie, em função da mobilização prévia tardariam a conseguir retornar para a região onde as novas evidencias permitiam supor que o perdido pudesse ser encontrado.
Uma vez que o simulado findava ao meio-dia, e com ele, as dificuldades terrenas do filho de Dona Giulia, desguarneci ao extremo a equipe do centro de comando, nos derradeiros esforços de salvar a alma do nosso querido Manuel Lost, um trilheiro teimoso, surdo como uma porta, imprevidente, inconsequente e, para sua própria segurança demasiadamente ousado. Fossem melhores suas ações prévias o resultado teria sido melhor. Fosse menos teimoso, idem. Não tripudiando com a deficiência auditiva da nossa vítima, mas o dito popular se faz muito forte: “quem não escuta ‘cuidado’, escuta ‘coitado’”
2 Comentários
Muito legal este curso, abriu minha mente, consegui enxergar a humanidade que norteava todos os inscritos. Haviam Bombeiros, pilotos, montanhistas, militar do exército, bombeiro civil, piloto de drone, médicos, guias e um doutor em busca e resgate, Máfia, um jovem senhor com uma vitalidade e compaixão de impressionar cada aluno que teve o prazer de conviver e aprender.
Riquíssimo esse curso, tive a oportunidade de realizar em 2022. A organização do montanhismo Paranaense impressiona, se em todo país tivéssemos algo parecido os perdidos seriam poucos.