Montanhistas Encontrados na Serra do Mar Após Dias de Busca Intensa

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Bombeiros durante resgate – Foto de Hilton Benke

Após dias de apreensão e intensas buscas, os dois jovens montanhistas de 25 e 26 anos, que estavam desaparecidos na Serra do Mar, em Campina Grande do Sul, foram encontrados pelas equipes de resgate. O Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros do Paraná, responsável pela operação, localizou os montanhistas próximos à última posição conhecida, onde haviam enviado sua localização na tarde de sábado (2).

Os dois iniciaram a travessia com o objetivo de chegar ao Pico Caratuva, passando também pelo Pico Taipabuçu e avançando até o Cume do Ferraria, ampliando a extensão de sua jornada. Essa decisão, embora enriquecedora em termos de aventura, tornou o percurso mais desafiador e de difícil acesso, especialmente devido às condições climáticas adversas dos últimos dias, que aumentaram o nível de complexidade do resgate.

Segundo informações, os montanhistas estavam com recursos limitados, o que aumentava a urgência das buscas. O Corpo de Bombeiros, contando com apoio de montanhistas experientes da comunidade, trabalhou incansavelmente, percorrendo terrenos de alta complexidade e enfrentando visibilidade reduzida para encontrar os jovens em segurança. A localização exata e as condições dos montanhistas não foram divulgadas, mas as primeiras informações indicam que eles estão bem e passam por avaliações médicas.

A Região de Caratuva, Taipabuçu e Ferraria

Vista para o Ferraria

A Serra do Mar, no Paraná, abriga montanhas imponentes que desafiam e atraem montanhistas de todo o Brasil. O Pico Caratuva, segundo ponto mais alto do estado, com 1.860 metros, é famoso pelas vistas deslumbrantes e pelo acesso relativamente amigável para quem tem experiência. Já o Pico Taipabuçu é mais isolado, demandando um preparo físico maior e recompensando com paisagens espetaculares da Mata Atlântica. Por outro lado, o Cume do Ferraria é um destino técnico e menos frequentado, exigindo habilidades avançadas de navegação e resistência dos montanhistas.

Essas montanhas formam um circuito de beleza natural que, embora encantador, exige respeito e preparação, especialmente em condições climáticas variáveis. As autoridades reforçam a importância de seguir protocolos de segurança e comunicar sempre o planejamento das trilhas a familiares ou grupos de resgate.

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Sobre o autor

Hilton Benke é um dos idealizadores do AltaMontanha.com. Dono de uma personalidade muito forte, é hoje praticante assíduo do voo livre, principalmente da modalidade "hike and fly", que une o voo com o montanhismo. Como montanhista e escalador, gastou seu tempo galgando montanhas brasileiras e andinas, além de ter prestado alguns serviços como instrutor de escalada junto ao CPM. Deixá-lo feliz é fácil: só marcar um bom pernoite em um cume da Serra do Mar Paranaense, com um bom menu para o jantar e uma condição de tempo boa para que possa decolar com seu parapente dia seguinte e realizar uma das muitas travessias sobre a Serra do Mar.

3 Comentários

  1. Hector Montanhista em

    Sempre deixe no iate seu roteiro e não saia deses asi en caso de acidente e beim fasil de localizar porém não atrapalha a vida dos socorristas ..e simple respeite o que falaram na vase do iate

  2. Estive esse final de semana no Caratuva e na volta avancei incorretamente um trecho no Taipa.

    As marcações com FITAS AMARELAS estão tanto no sentido do Caratuva, como na trilha do Taipa e na trilha da encruzilhada com as placas.

    Acredito que seja um erro e que possa ser o causador desse resgate.

    Sou montanhista há 20 anos e nunca havia tido problema semelhante

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