A Jornada: solidão gelada de Tim Williamson

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Corredor extremo, Tim Williamson, um “ultrarunner”, pretende no dia 13 de janeiro de 2013 partir em uma jornada jamais concluída nas condições que planeja: Caminhar sozinho até o Polo Norte, sem auxílio de veículos, sem ski, carregando consigo tudo de que precisará por um tempo estimado de mais de quatro meses. Será que ele consegue? A data de partida está próxima!

Qual é a última fronteira em matéria de expedição polar? A pergunta é um barulho constante na cabeça dos maiores exploradores, e talvez a resposta esteja na série de tentativas de impor novos recordes, um novo entendimento do que hoje significa ser criativo e inovador nos ambientes mais remotos do planeta. Atualmente, por exemplo, durante a temporada em que se comemorou 100 anos que o homem pisou no Polo Sul pela primeira vez – no caso, o norueguês Roald Amundsen –, dois belgas misturam esqui e kitesurf para bater o recorde mundial de distância percorrida no continente gelado sem nenhum apoio ou veículo motorizado.

 
Esse mesmo instinto fez o ultracorredor britânico Tim Williamson, de 25 anos, comprar sua passagem para Resolute Bay, norte do Canadá. É de lá que, às 13 horas e 13 minutos do dia 13 de janeiro de 2013 (o cara é místico, não?), Tim partirá para uma caminhada rumo ao Polo Norte. Nessa jornada, extremamente árdua, de pouco mais de 3.500 quilômetros, ele irá sozinho e a pé, sem usar esquis em nenhum momento. 
 
Não haverá apoio externo, o que significa que o britânico levará todo o suprimento necessário para sobreviver por cerca de quatro meses em total isolamento. Outras curiosidades rondam sua expedição, que, se for bem-sucedida, terá sido a mais longa já feita no extremo norte do planeta. Também é algo totalmente “verde”, pois não há veículos motorizados envolvidos na jornada. 
 
Durante aproximadamente um mês e meio, Tim estará em completa escuridão. Será uma corrida contra o tempo. Conforme a luz for reaparecendo naquela região, ele terá que se apressar para retornar à Resolute Bay antes que o gelo comece a derreter e não seja mais possível voltar à civilização a pé – a tendência é que a cada ano isso se torne mais difícil por conta do aquecimento global. 
 
Para Tim, que nos últimos meses está completamente envolvido em treinamentos de força e resistência para aguentar o tranco no Polo Norte, sua aventura é muito mais do que uma chance de colocar o próprio nome na história das expedições polares. “Meu único objetivo é me tornar uma pessoa melhor”, ele escreveu em letras garrafais no site oficial da expedição. 
 
Acesse o site oficial da expedição de Tim para ficar verificar as atualizações: 
 
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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