E em países onde não dá para escalar nada, nada mesmo, encontramos escaladores, como na Holanda. Já brinquei com alguns escaladores holandeses… “Como é que vocês são escaladores montanhistas se o país de vocês é mais liso que a cabeça do Kojac?”. A resposta veio no mesmo tom… “Engraçado, já ouvimos dizer em esquiadores brasileiros… Vocês fazem neve de isopor?”.
Eu quase fui morar em Singapura este ano, mas que melancolia, é liso. O país (ilha) é do tamanho da cidade do Rio de Janeiro, mas tem algumas poucas vias numa pedreira de arenito e muitos muros de escalada.
Certa noite, andado pelo centro da cidade, vi um cara de mochilão, botas Koflac e bastões de esqui correndo pelas ruas… Devia estar treinando para ir ao Himalaia, que fica muito, mas muito longe.
Bem, se até na Amozônia tem vias de escalada (numa gruta perto do lago de Balbina), então qualquer lugar pode ter.
Ganhei de presente do meu cunhado um guia de escalada de Omã e outro dos Emirados Árabes com vias fantásticas… Acho que um dos poucos países sem escaladas, além da Holanda, é Tuvalu, que se resume numa ilha de areia no meio do Pacífico, entretanto, escala-se coqueiros.
Parece mentira, mas a nível internacional a prática da escalada está quase tão popular quanto ao futebol e em alguns países está se tornando uma das atividades esportivas principais. Entretanto, não sabemos ainda se é uma onda, ou moda, mas já está se estagnando ou mesmo diminuindo em alguns países.
Antonio Paulo Faria