Em colunas anteriores, falei das montanhas e dos vales. Vou agora abordar um outro conjunto de acidentes geográficos: os rios e os lagos. Repito uma advertência: geógrafos leitores vão talvez se decepcionar pela falta de palavras sonoras como rio anastomisado, limnologia ou subsidência da crosta. Desculpem, procurei tornar o texto menos técnico e mais legível.
Sobre o Autor
Este é o segundo e último texto acerca da Cordilheira Branca, consulte a coluna imediatamente anterior.
Serão dois artigos sobre a Cordilheira Branca no Peru. Neste, abordo assuntos mais gerais. No seguinte, falo sobre o Parque Nacional Huascarán.
Sim, existe mesmo uma montanha com este nome tão ambicioso, mas ela bem o merece. Quando você olha lá de baixo no Vale do Paraíba em direção ao Maciço de Itatiaia, nem sempre nota uma formação com cristas acidentadas à sua frente. Ela é a Serra do Alambari, menos elevada do que o maciço, mas dotada de lindas escarpas rochosas.
A Pedra do Sino é um dos principais atrativos do PN da Serra dos Órgãos. Ele foi criado um pouco depois de Itatiaia e de Iguaçu, os dois primeiros do Brasil. Dizem que este nome foi dado pelos colonizadores portugueses, que viam no perfil das suas montanhas semelhanças com os órgãos musicais da Europa, uma explicação meio estranha.
A serra catarinense ainda é pouco conhecida e bastante preservada, com cânions deslumbrantes, campos de altitude de vistas longínquas e lindas cachoeiras. Experimente visitá-la e, se tiver tempo, fazer alguma travessia mais longa. É uma natureza delicada e diversa, que alia panoramas monumentais a detalhes pitorescos.
O mais recente parque natural do Rio de Janeiro chama-se Cunhambebe, em homenagem ao cacique tupinambá do período colonial. Ele celebrou com os jesuítas um tratado de paz que desarmou os índios e permitiu aos portugueses dizimá-los.
Este é o segundo artigo sobre o Cerro Plata na Argentina. Se interessá-lo, consulte a coluna anterior para mais informações.
Vou dividir o artigo sobre o Cerro Plata em dois: primeiro, abordarei aspectos mais gerais e, depois, falarei de sua trilha.
Acabo de comentar sobre o conceito de montanha, que não é assim tão simples e evidente. Escrevo agora sobre outro acidente geográfico: os vales. Se algum leitor for um competente geógrafo, talvez se decepcione pela ausência de belos termos como vale endorreico, fator antrópico ou geomorfologia. Como não sou nem geógrafo nem competente, procurei simplificar o texto para torná-lo legível.