Sobre o Autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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Travessia Oeste da Mata dos Godoy
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A menos de 20km de Londrina, o Parque Estadual Mata dos Godoy preserva um dos poucos fragmentos que restaram da floresta nativa, abrigando inúmeras espécies de plantas e animais. Parte integrante da antiga Faz. Sta Helena, de propriedade da família Godoy, hoje o PEMG é um dos maiores pontos turísticos da cidade, reconhecido como maior patrimônio natural norte paranaense. Como apenas 10% do parque é liberado a visitação (relatado noutra ocasião), desta vez fui percorrer parte dos 90% restantes numa puxada travessia de 20km que singrou seu quadrante oeste e teve de tudo: estrada de chão, trilha, banho em cachoeira, subida de rio, perdidos e muito rasga-mato. Pernadinha de responsa nesta pouco conhecida unidade de conservação situada no Terceiro Planalto Paranaense.

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A trilha do Mursinha
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“Já vi gente no cume faz tempo, mas não sei de onde sai a trilha não!”, respondeu um tiozinho quando indaguei do acesso aquele morro bonito e proeminente, vizinho do maciço principal da Serra do Mursa. Foi o que bastou pra estudar o possível acesso daquela elevação respeitável, porém desgarrada, da maior vedete natureba de Várzea Paulista (SP). Me refiro ao Mursinha, morrote selvagem e menos visado pelos andarilhos que percorrem sua serra mais ilustre. Mas o que a maioria desconhece é que a trilha é relativamente fácil, e demanda menos de hora de caminhada num caminho fechado. Mas o esforço vale a pena: vista privilegiada do alto dos 1020m do patinho feio da Serra do Mursa. Programinha rústico ideal prum domingo sem programação.

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Altos e baixos de São Roque
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São Roque é uma estância turística localizada no interior do Estado de São Paulo, distante cerca de 60km da capital. Conhecida como a “Terra do Vinho” por abrigar várias adegas, a cidade tem atrativos naturebas que vão além do tradicional Morro do Saboó, sua elevação mais conhecida. Estive por lá dando rolês em duas ocasiões, e em condições distintas: ora prestigiando as generosas panorâmicas do alto do “Morro do Cruzeiro”, acessível por trilha bem sussa; ora me refrescando nos poços e quedas dos vales situados a nordeste do município, como a “Cachu do Macaco” e o “Poço da Capela”. Dois momentos distintos nos altos e baixos de São Roque, passeios ideais prum final de semana de bom tempo.

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O Morro do Guaripoca
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Ela é uma impressionante elevação de afloramento granítico que não passa despercebida pra quem transita pela Rod. Fernão Dias (SP-381), na altura de Bragança Paulista e Extrema. Situada pouco antes da divisa paulista-mineira, coroada por duas torres e com bela panorâmica vista de todo entorno, o Morro do Guaripocaba é mais um simpático serrote que esconde matas, grutas e nascentes. Por isso é palco pra várias atividades ao ar livre, sejam elas a pé ou em duas rodas. E alcançar os 1270m do seu ponto culminante é a coisa mais fácil do mundo. Basta apenas disposição, óleo-de-peroba e três horas moderadas.

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O Lobisomem de Biritiba-Mirim
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Fazia tempo que não pisava no “Sertãozinho do Tietê”, em Biritiba-Mirim (SP), mas a noticia recente do falecimento do seu personagem mais folclórico me fez lá voltar estes dias. Com seu chapéu surrado, facão na cintura, cigarro na mão e lata de Itaipava na outra, Seu Geraldo era figura carimbada pra quem tivesse o posto da Balança como ponto de partida pra suas aventuras. Também conhecido como “Lobisomem” e entendedor daquelas matas como ninguém, Seu Geraldo foi quem mais me norteou em descortinar aquele pouco conhecido sertão da Serra do Mar. Este relato é dedicado a ele, onde refiz um circuito proposto por esse velho mateiro, indo atrás da “Cascatinha do Grotão” e tentando entender melhor quem realmente ele foi.

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O Castelo de Caieiras
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Caieiras está situada a 40km da Grande São Paulo e sua historia é fortemente ligada à Cia Melhoramentos. Contudo, antes da empresa trazer o desenvolvimento á região, a produção de cal era intensa e escoada pelos trilhos da “E.F. Perus-Pirapora”. Sem nada planejado retornei então á Reserva Florestal Alfredo Weiszflog, a “Reflora”, afim de andarilhar por veredas do setor sudeste, situadas aos pés da Serra do Tico-Tico, numa breve pernada de menos de 15kms que partisse de Perus e fosse até Caieiras. Pra minha surpresa, trombei com o lendário forno de cal que inspirou o nome do município, patrimônio histórico inestimável similar aos “Fornos de Ponunduva”, de Cajamar. Com um diferencial significativo: este quase “castelo medieval” está bem melhor conservado.

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O Morro do Quartel
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Aquele dia já estava programado pra prestigiar amigos na “Adventure Fair” pela tarde, mas igualmente estava disposto a pernar no comecinho pela manhã, nem que fosse rolê urbano e breve. “Mas com tempo apertado de menos de meio período onde diabos eu iria?”, me perguntei. A resposta veio ao lembrar a dica dum amigo corredor de aventura, o Rafa, que dizia treinar num morrote vizinho do Pico do Jaraguá. “É a vista da face leste mais próxima e bonita do Pico, mas como faz muito tempo que não vou lá não sei como anda o acesso…”, disse ele. E não era pra menos, o dito cujo é uma simpática colina de propriedade federal, onde está instalado um batalhão da Policia Militar. Este é o relato duma visita tão breve quanto travessa ao lugar.

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A APA Várzea do Rio Tietê
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O Rio Tietê nasce em Salesópolis, atravessa o Estado de São Paulo e deságua 1100km depois, no Rio Paraná. Nesse meio termo estão as várzeas, extensas áreas planas e terrenos sujeitos a inundações anuais no verão. Pra preservar este trecho da constante urbanização foi criado a APA Várzea do Rio Tietê que, em tese, garante sua conservação mesmo tendo uma abrangência que engloba 12 municípios ao largo deste rio que é inteiramente paulista. Aproveitei então um dia pra andarilhar o trecho desta APA situado no sopé sudoeste da Serra do Itapety (Mogi), numa travessia urbanóide de cerca de 18kms que partiu de Braz Cubas e findou em Jundiapeba. No caminho, o Parque Leon Feffer, o Vale das Pedras e a simpática trilha que leva á foz do Rio Jundiai, tributário do famigerado Tietê.

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O Alto do Tuaçu
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Ele espicha suas altas encostas forradas de pasto, reflorestamento e mata ciliar ao largo da margem esquerda da Represa de Pirapora (SP) e os quase mil metros do seu ponto culminante tem formidável panorâmica de toda região. É o Alto do Tuaçu, simpático serrote próximo à Pirapora de Bom Jesus que não deve nada a seus vizinhos mais ilustres, como o notório Capuava ou o mais ilustre Voturuna. Situado em propriedade particular, porém de facílimo acesso, este é o relato detalhado desta prosaica incursão de pouco mais de meio período que, mesmo não possuindo as alturas ou desafios da Mantiqueira ou Serra do Mar, é pedida certa pruma chinelada sussa e altos visus nos arredores da famosa cidade peregrinatória.

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O Poção do Juquery
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“O que fazer num dia lindo de sol e calor, mas com pouco tempo disponível?”, foi a indagação que me veio a mente neste último domingo. A resposta veio meio que óbvia: “Parque Estadual do Juquery”, unidade de conservação localizada em Franco da Rocha (SP) á qual devia retorno após ano sem lá pisar. O fruto desta nona incursão foi não apenas uma pernada sussa de 18km que cortou o quadrante oeste do parque e findou em Caieiras; foi a xeretada duma vereda proibida que dá num antigo atrativo esquecido, no caso, um refrescante poção pra banho. Um rolê que revelou o contraste dum parque conhecido pelos seus campos de cerrado agrestes e escassez do precioso liquido, mas que esconde não apenas vales verdejantes e exuberantes como muita água refrescante.

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