No início do ano Manzan esteve na Antártica, onde chegou a escalar pequenos montes, e já planeja visitar o Peru para subir o Huayna Potosi (6.088 metros) e o Pequeno Alpamayo (5.410 metros) no mês de julho.
Questionado sobre a origem do montanhismo em sua carreira, ele disse que fez o Aconcágua em 2008, e depois duas montanhas acima dos 6.000 metros no Peru. "Eu sempre gostei de escalada, fiz como hobby paralelamente ao multiesporte. A prática começou a crescer, então comecei a gostar mais e agora planejo uma viagem ligada ao alpinismo a cada dois anos", revelou.
Benefícios. Questionado se as escaladas também servem como treinamento, Manzan falou de dois aspectos principais. Por um lado, a alta montanha melhora o condicionamento físico por causa da escassez de oxigênio, mas as subidas íngremes também ajudam a trabalhar músculos específicos.
"Eu observei que quando volto da montanha, sinto efeitos benéficos para a corrida e também outras modalidades", contou Manzan. "Na altitude você condiciona o corpo a se manter com menos oxigênio, ele vai se adaptando e aprende a ser mais eficiente, na volta a resistência está muito melhor", acrescentou o atleta.
Apesar da melhora significante de condicionamento, Manzan alerta que o efeito dura pouco tempo, cerca de um mês, mas ainda assim é bom acostumar o corpo a se adaptar a um treinamento e depois se readequar rapidamente à outra.
A caminhada com mochilas pesadas também trabalha músculos específicos utilizados na corrida, sobretudo a parte grande dos glúteos e do quadríceps. "De certa forma serve para provas, mas o grande lance é a diversão, sou apaixonado por montanhas. A diferença de condicionamento é um extra", conclui o multiatleta.