Brasil perdeu um de seus melhores montanhistas

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Talvez poucas pessoas de vocês conheçam ou conheceram o Marcelo Delvaux. Pelo menos aqui no Brasil era assim que a gente chamada ele “Delvô”, um nome francês dificil de falar. Tanto era que na Argentina, onde ele era bastante conhecido o chamavam pelo nome do meio: “Motta”.

Marcelo Delvaux

Há alguns dias, quando eu deixava a Bolívia para vir para o Peru, o suíço Christian, que aluga equipamentos em La Paz, veio me falar dele: “O Motta esteve aqui, ele tinha vários clientes”. Não sei se foi uma provocação, pois meu ultimo grupo do curso de alta montanha que ministro no Huayna Potosi tinha pouca gente, ou ele queria falar de um conterrâneo meu, mas é fato que o Christian foi um dos primeiros a me dar o alerta. “Motta desapareceu no Coropuna”. Seguido de meu amigo e guia de montanha Sebastián Garcia e do guia peruano e presidente da associação de guias de montanha do Peru Julver Eguiluz, mas isso foi na noite do dia 3 de Julho.

As informações eram desencontradas e confusas, como costumam ser nestes casos. Não tinha o contato de nenhum familiar do Marcelo, apenas da Giselle, diretora do Clube Excursionista Mineiro e bastante envolvida com o meio de montanha mineiro. A Gi foi namorada do Marcelo há uns 15 anos ou mais, era meu único contato. Através dela pude contactar a atual namorada do Delvaux, a argentina Julieta e também a irmã dele, começamos a elaborar um plano.

No dia 4, recebi o link do mapshare do Marcelo e aí comecei a desvendar o quebra cabeças. Buscando os pontos e vendo seu rastreamento percebi que ele estava fora da rota normal do Coropuna Oeste, um dos vários cumes do Coropuna que é a quarta montanha mais alta do Peru. Marcelo estava tentando uma rota pela face sudoeste da montanha, um local de glaciares, não muito inclinados, mas uma rota mais técnica e mais bonita, apesar de não ser muito vertical é um caminho mais estético que a normal que passa por uma crista seca cheia de pedras. Bem a cara do Marcelo, um cara que não segue caminhos normais, que procura fazer ele seu próprio caminho, evita lugares famosos e se tornou famoso por isso.

Marcelo tentou escalar esta rota no dia 3 de julho de 2023. Chegou num local cheio de gretas e seraks e retornou. Em 2024 ele chegou na base da montanha, não se sabe quem o levou, mas ele ficou lá sozinho e em 4 horas caminhando montou acampamento no mesmo local do ano anterior, numa altitude de 4880m. Isso foi no dia 25 de junho. Não se sabe porquê, nos dias 26 e 27 ele permaneceu neste acampamento, descendo até um local onde há água, não muito perto de seu acampamento, para buscar o precioso liquido.

Coropuna no Peru. Foto: Huaylas te Invita/ Wikimédia Commons

No dia 28 ele saiu do acampamento as 4 da manhã e no fim da tarde chegou até os 6300 metros de altitude, retornando em seguida. O horário avançado do dia e algum obstáculo o impediu de chegar ao cume que estava muito perto, talvez menos de uma hora dali. No dia 29 ele descansou e no dia 30, uma antes de sua primeira tentativa, ele partiu de novo para o cume, chegando lá perto das 3 da tarde. Trinta minutos mais tarde, o rastreador de GPS dele parou. Era quase o mesmo local onde Delvaux havia retornado de sua primeira tentativa dois dias antes. Ali o GPS começou a marcar pontos, um perto de outro, fazendo um emaranhado de pontos típico de quando você perde precisão do sinal, algo que quem está habituado a usar este tipo de aparelho sabe bem o que é. Quando eu vi este tracklog e plotei ele no Google Earth, vi que ali era um local onde o glaciar ganhava inclinação e com isso ficava cheio de gretas…

Famoso por seguir seus próprios passos

Quando em 2009 houve uma corrida para ver que mulher seria a primeira a escalar todas as montanhas de oito mil metros no mundo, a coreana Oh Eun Sun e a espanhola Edurne Pasaban quase saíram no tapa. A coreana tinha um monte de sherpas para ajudar, além de muita estrutura e oxigênio. A espanhola, que estava em vantagem, por ter começado antes e ser uma forte e experiente alpinista viu seu recorde escapar pelas mãos e da mesma maneira que denunciava a oriental de trapacear, usando muitos artifícios para suas ascensões, ela própria mudou seus métodos. Oh Eun Sun perdeu a corrida, pois especialistas confirmaram que sua foto de cume no Kangchenjunga não era de fato no cume. A espanhola se tornou a primeira mulher reconhecida a fazer os 14 8k, mas um pouco depois, uma austríaca, Gerlinde Kaltenbrunner finalizou o projeto escalando todas as montanhas de forma independente e sem oxigênio. Naquela ocasião, o colunista do AltaMontanha, Júlio Fiori escreveu um texto usando palavras que eram mais ou menos assim: “Algumas pessoas escalam montanhas famosas com o intuito de se tornarem famosas, outras seguem seus passos e seus projetos e se tornaram famosas por isso“. Essa frase diz muito sobre Marcelo Delvaux.

Qual era o projeto de Marcelo Delvaux? Qual era seu grande feito? Marcelo apenas escalava montanhas e para ele quanto mais desconhecida, melhor. Ele foi um dos brasileiros que mais escalou nos Andes. Das mais altas desta cadeia de montanha, ele tinha 24 cumes diferentes, no projeto que chamamos de Andes 6k, ou seja na ascensão de montanhas de mais de 6 mil metros nos Andes. Ele se orgulhava disso, mas não se importava com a altitude da montanha. Marcelo gostava mesmo é de escalar!

Em 2023, na época em que ele esteve no Coropuna, ele escalou várias montanhas de 5 mil metros desconhecidas no sul do Peru. Ele havia desaparecido por semanas e deu noticias numa postagem do Instagram onde ele estava na caçamba de um caminhão carregado de lhamas dizendo que estava tudo bem. Eu achei aquilo o máximo e fiquei babando nas montanhas que ele havia escalado. Montanhas belíssima de gelo e de nome desconhecidos que nunca saberemos quais são, pois ele parou de atualizar seu currículo de montanha em 2020, quando lá já haviam cerca de 150 montanhas de grandes altitudes escaladas, muitas delas montanhas virgens e sem nome em que ele foi o primeiro a chegar a seu cume.

Marcelo Delvaux nunca escalou o Everest e ele não se importava em escalar montanhas famosas. Pelo contrário, ele era famoso por não seguir os passos dos outros e escalar um grande volume de montanhas inéditas e desconhecidas.

GPS perdido?

Ainda não sabíamos de nada além daquilo que o tracklog do rastreamento do aparelho de GSP de Marcelo nos dizia, ninguém ainda havia estado no Coropuna, mas havia uma chance de que tudo não passasse de uma confusão. E se o Marcelo tivesse deixado o GPS cair e ele tivesse rolado para dentro de uma greta? Isso poderia explicar o fato de que ele não enviou mensagem para ninguém e também não apertou o botão de SOS.

Sem o GPS, Marcelo também não poderia avisar a pessoa que ele contratou, para ir buscar na base da montanha. Mas o que ele faria? O que você faria? Estando num lugar distante e remoto, sem comunicação e sem ter como avisar um motorista quando ir te buscar?

Eu teria descido e ficaria esperando na estrada até alguém passar. Se não passasse ninguém, montaria a barraca de noite e esperaria. Uma hora alguém chega. Falei isso para a Maria, minha companheira de montanha e sócia na Soul Outdoor e para a Claudinha, que escalou comigo um 8 mil no Nepal. Elas acharam um absurdo. “Eu jamais ficaria sentada esperando. Eu iria caminhar de volta até Arequipa”. Até tentei explicar meu ponto de vista “Mas não tem nada lá, e se não tiver água, melhor esperar”. Elas não foram reticentes: “Eu voltaria”.

Se Marcelo tivesse apenas perdido o GPS, ele teria chego no fim de tarde ou de noite no dia 30 no acampamento que ele montou a 4880 metros. Mesmo cansado, no dia seguinte daria para ele ir facilmente até a estrada, pois na ida ele fez este caminho em cerca de 4 horas, descendo poderia fazer até em menos tempo. Se não encontrasse ninguém, quanto tempo ele esperaria? Um dia? dois? Quando eu soube do desaparecimento, já estávamos indo para a quarta noite sem notícias. O fato é, no quinto dia do desaparecimento a Polícia chegou na base e não encontrou ninguém. Mas e se ele tivesse descido?

Essa é uma hipótese que não se pode descartar. Mas em tantos dias, teria encontrado alguém, achado um meio de se comunicar. Quanto mais o tempo passava, a hipótese que mais nos confortava se tornava cada vez menos provável.

Perder o GPS não é algo tão dificil. Em meio, meu amigo Fábio Lima, aquele mesmo que ganhou o Mosquetão de Ouro por ensinar uma comunidade quilombola a escalar em Goiás, perdeu um GPS enquanto escalava o Acotango na Bolívia. Este GPS foi achado no dia seguinte. Em Março, o Luciano Azevedo, um dos mais novos integrantes do Clube dos 6 mil, perdeu um GPS no Barrancas Blancas no Chile. Mas esse não foi encontrado.

Estas histórias me enchiam de esperança. Mas era cada vez difícil acreditar que isso tivesse acontecido.

Guias realizando as buscas.

Por vários motivos acabei ficando como uma ponte entre a família de Delvaux, a namorada e o guia peruano Julver, que estava agilizando toda a questão burocrática com a polícia. Quando no dia 4 a polícia saiu em direção ao Coropuna, eu sabia que aquilo era apenas um procedimento padrão e que sem estarem aclimatados, jamais tentariam chegar aos 6300 metros onde estava o GPS de nosso amigo montanhista. Julver me alertou “a Polícia não vai fazer nada, precisamos de montanhistas subindo a montanha”.

Cheguei a pesquisar passagem e a ver quanto custava o aluguel de um carro alto que me pudesse ajudar a chegar na base do Coropuna. Mas o mais sensato era viabilizar que o Julver e outros guias treinados em resgate pudessem ir até lá em cima. E fazendo a ponte com a família de Marcelo acertamos o valor de 3 mil dólares para que eles pudessem fazer isso de forma privada. Diante dos gastos que só se elevavam, começamos neste dia a fazer uma campanha de financiamento coletivo, que felizmente deu muito certo. Julver e mais 3 guias seguiram para o Coropuna naquela mesma noite.

No dia seguinte, a equipe de Julver encontrou com a Polícia. Eles já haviam feito varreduras, procurando Marcelo nos “pueblos” da região sem sucesso. “Se ele tivesse apenas perdido o GPS e descido a montanha, talvez já tivesse sido encontrado” – pensei eu.

Horas mais tarde Julver alcançou a altitude de 4880 metros, onde encontrou a barraca solitária de Delvaux. Era o sinal de que ele não regressara do cume. Os resgatistas passaram a noite ao lado da barraca de nosso amigo e se prepararam para no dia seguinte realizar uma longa e dificil ascensão até os 6300 metros.

Encontrando a greta.

Não foi uma subida fácil. Delvaux escolheu a face sudoeste do Coropuna para abrir um novo itinerário na montanha. Trata-se de um glaciar levemente inclinado, mas técnico e sobe sem descansos até o topo do vulcão. Como previsto, a 6300 metros a vertente fica abrupta e uma fenda se abre no chão.

Greta onde Marcelo Delvaux caiu no Coropuna

A greta estava toda tapada por uma neve em pó muito pouco densa que flutuava sobre o profundo buraco. Dois bastões de trekking faziam ao lado de um único ponto que estava aberto. Talvez na subida Marcelo sinalizara com este equipamento o melhor lugar para atravessar, mas na descida ele acabou perdendo sustentação e nosso amigo desapareceu em seu interior frio e escuro. A greta era tão profunda que não era possível enxergar Marcelo lá dentro.

A neve fina e instável impediu que os guias pudessem fazer uma ancoragem e rapelar no interior da sinistra fenda para ver seu interior, era muito perigoso! A profundidade da greta explicava o porquê que Marcelo não acionou o SOS do GPS. A queda muito provavelmente foi fatal.

Julver e seus amigos subiram até o cume e desceram pela rota normal. Nosso amigo, que tanto amava as montanhas e que vivia para escala-las e aprecia-las, por lá ficou.

O currículo de montanha de Marcelo Delvaux.

Marcelo era um dos mais experientes montanhistas não só do Brasil, mas de todo nosso continente. São inúmeras as montanhas que ele escalou ao longo de sua carreira de mais de 24 anos. Infelizmente em 2020 ele parou de registrar em seu site suas conquistas. Então aqui vai a lista de quase todas as montanhas que ele escalou:

Data

Montanha

País

Altitude

Obs.

1

10/2001 Cotopaxi Equador 5897 m Tentativa

2

10/2001 Chimborazo Equador 6310 m Tentativa

3

11/2002 Acatenango Guatemala 3975 m Cume

4

11/2002 Tajumulco Guatemala 4220 m Cume

5

11/2003 Humboldt Venezuela 4942 m Cume

6

11/2003 Bolívar Venezuela 5007 m Cume

7

01/2005 El Corazón Equador 4782 m Cume

8

01/2005 Cotopaxi Equador 5897 m Cume

9

01/2005 Chimborazo Equador 6310 m Tentativa

10

02/2006 Tronador (Pico Argentino) Argentina 3300 m Cume

11

02/2006 Licancabur Bolívia 5916 m Cume

12

02/2006 Ojos del Salado Chile 6893 m Tentativa

13

01/2007 Osorno Chile 2662 m Tentativa

14

01/2007 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

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01/2008 Plata Argentina 6000 m Cume

16

01/2008 Ojos del Salado Chile 6893 m Cume

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02/2008 Osorno Chile 2662 m Cume

18

08/2008 Sajama Bolivia 6542 m Cume

19

03/2009 Mercedario Argentina 6770 m Tentativa

20

07/2009 Chachani Peru 6057 m Cume

21

08/2009 09/2009 Cho Oyu China (Tibete) 8201 m Tentativa sem oxigênio e sherpas 7800 m alcançado

22

02/2010 Mercedario Argentina 6770 m Cume

23

06/2010 Huayna Potosí Bolivia 6088 m Cume

24

10/2010 Ampato Norte Peru 6100 m Cume

25

01/2011 Iliniza Norte Equador 5105 m Cume

26

01/2011 El Corazón Equador 4782 m Cume

27

01/2011 Cotopaxi Equador 5897 m Cume

28

01/2011 Chimborazo Equador 6310 m Cume

29

05/2011 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

30

07/2011 Tarija Bolívia 5300 m Cume

31

07/2011 Pequeño Alpamayo Bolívia 5370 m Cume

32

07/2011 Austria Bolívia 5315 m Cume

33

07/2011 Illimani (Pico Sul) Bolívia 6439 m Cume

34

05/2012 Franke Argentina 4817 m Cume

35

06/2012 Plata Argentina 6000 m Cume Invernal

36

07/2012 Urus Este Peru 5420 m Cume

37

07/2012 Ishinca Peru 5530 m Cume

38

07/2012 Artesonraju Peru 6025 m Tentativa

39

07/2012 Toclaraju Peru 6032 m Cume

40

11/2012 Tolosa Argentina 5432 m Tentativa

41

01/2013 Marmolejo Chile 6108 m Cume

42

02/2013 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota 360o

43

03/2013 Capilla Argentina 4050 m Cume

44

03/2013 San Bernardo Argentina 4115 m Cume

45

03/2013 La Hoyada Argentina 5945 m Cume

46

05/2013 Heidi Argentina 4242 m Cume

47

05/2013 Platita Argentina 4402 m Cume

48

08/2013 Austria Bolívia 5315 m Cume

49

08/2013 Tarija Bolívia 5300 m Cume

50

08/2013 Pequeño Alpamayo Bolívia 5370 m Cume

51

08/2013 Huayna Potosí Bolivia 6088 m Cume

52

09/2013 Agustín Álvares Argentina 5125 m Cume

53

11/2013 Mery Argentina 4527 m Cume

54

11/2013 El Salto Argentina 4714 m Cume

55

01/2014 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

56

01/2014 Falso Stepanek Argentina 4114 m Cume

57

01/2014 Penitentes Argentina 4356 m Cume

58

01/2014 Bonete Argentina 5004 m Cume

59

01/2014 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

60

02/2014 Serrata Argentina 4224 m Cume

61

04/2014 Penitentes Argentina 4356 m Cume

62

04/2014 Guimón Argentina 4238 m Cume

63

05/2014 Obispo Argentina 4337 m Cume

64

07/2014 Hualca Hualca Peru 6025 m Cume

65

07/2014 Nevado Mismi Peru 5597 m Cume

66

08/2014 Ciénaga del Tupungato Argentina 4394 m Cume

67

11/2014 Lomas Amarillas Argentina 5159 m Cume

68

12/2014 Plata Argentina 6000 m Cume

69

01/2015 Bonete Argentina 5004 m Cume

70

01/2015 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

71

02/2015 Bonete Argentina 5004 m Cume

72

02/2015 Bonete Argentina 5004 m Cume

73

02/2015 Aconcagua Argentina 6959 m Tentativa Rota normal

74

03/2015 Desconhecido – Maciço do Nevado de Palermo Argentina 5500 m Cume

75

03/2015 Ciénaga Grande Argentina 6030 m Cume

76

07/2015 Sorehuire Peru 5131 m Cume

77

07/2015 Chachani Peru 6057 m Cume

78

07/2015 Coropuna Peru 6425 m Tentativa

79

08/2015 Zanja Punta Peru 5217 m Cume

80

08/2015 Jampa Peru 5500 m Tentativa

81

08/2015 Austria Bolívia 5315 m Cume

82

08/2015 Tarija Bolívia 5300 m Cume

83

08/2015 Huayna Potosí Bolívia 6088 m Cume

84

08/2015 Acotango Bolívia 6052 m Cume

85

12/2015 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

86

01/2016 Bonete Argentina 5004 m Cume

87

01/2016 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

88

02/2016 Bonete Argentina 5004 m Cume

89

02/2016 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

90

04/2016 Desconhecido – Maciço do Nevado de Palermo Argentina 5938 m Cume

91

04/2016 Ciénaga Grande Argentina 6075 m Cume

92

04/2016 Guanacos Argentina 6030 m Cume

93

04/2016 Morro del Quemado Argentina 6015 m Cume

94

04/2016 Nevado de Palermo Argentina 6150 m Cume

95

04/2016 Libertador – Nevado de Cachi Argentina 6380 m Cume

96

04/2016 Hoygaard Argentina 6185 m Cume

97

07/2016 Pisco Peru 5752 m Cume

98

07/2016 Zanja Punta Peru 5217 m Cume

99

08/2016 Nevado Huayruro Punco Peru 5500 m Cume

100

08/2016 Austria Bolívia 5315 m Cume

101

09/2016 Palpana Chile 6023 m Cume

102

08/2016 Nevado San Francisco Chile 6018 m Cume

103

11/2016 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

104

12/2016 Plata Argentina 6000 m Tentativa

105

01/2017 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

106

01/2017 Stepanek Argentina 4180 m Cume

107

01/2017 Plata Argentina 6000 m Cume

108

01/2017 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal, desde Plaza de Mulas

109

02/2017 Bonete Argentina 5004 m Cume

110

02/2017 Aconcagua Argentina 6959 m Tentativa Rota normal

111

03/2017 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

112

03/2017 Stepanek Argentina 4180 m Cume

113

03/2017 Plata Argentina 6000 m Cume

114

06/2017 Nevado Pallacocha (Coropuna Oeste) Peru 6171 m Cume

115

06/2017 Coropuna Casulla (Coropuna Norte) Peru 6377 m Cume Nova rota: glaciar noroeste e aresta sul

116

07/2017 Coropuna Leste Peru 6305 m Cume Nova rota: glaciar nordeste e face noroeste

117

08/2017 Zanja Punta Peru 5217 m Cume

118

08/2017 Jampa Peru 5500 m Cume

119

08/2017 Austria Bolívia 5315 m Cume

120

08/2017 Tarija Bolívia 5300 m Cume

121

08/2017 Pequeño Alpamayo Bolívia 5370 m Cume

122

09/2017 Huayna Potosí Bolívia 6088 m Cume

123

09/2017 Acotango Bolívia 6052 m Cume

124

12/2017 Bonete Argentina 5004 m Cume

125

12/2017 Bonete Argentina 5004 m Cume

126

12/2017 Aconcagua Argentina 6959 m Cume Rota normal

127

02/2018 Bonete Argentina 5004 m Cume

128

02/2018 Aconcagua Argentina 6959 m Tentativa Rota normal

129

05/2018 Mismi Peru 5597 m Cume

130

05/2018 Quehuisha Peru 5323 m Cume

131

06/2018 Raria Peru 5576 m Cume

132

06/2018 Ishinca Peru 5530 m Cume

133

07/2018 Austria Bolívia 5315 m Cume

134

07/2018 Tarija Bolívia 5300 m Cume

135

07/2018 Huayna Potosí Bolívia 6088 m Cume

136

07/2018 Huayllaco Peru 5460 m Nova rota face sul, sem cume

137

09/2018 Acotango Bolívia 6052 m Cume

138

09/2018 Parinacota Bolívia 6342 m Cume

139

09/2018 Huayna Potosí Bolívia 6088 m Cume

140

05/2019 Huarancante Peru 5426 m Cume

141

05/2019 Mismi Peru 5597 m Cume

142

08/2019 Acotango Bolívia 6052 m Cume

143

08/2019 Huayna Potosí Bolívia 6088 m Cume

144

08/2019 Acotango Bolívia 6052 m Cume

145

09/2019 Pomerape Bolívia 6282 m Cume

146

12/2019 Adolfo Calle Argentina 4260 m Cume

147

12/2019 Stepanek Argentina 4180 m Cume

148

12/2019 Plata Argentina 6000 m Cume

149

01/2020 Bonete Argentina 5004 m Cume

150

01/2020 Aconcagua Argentina 6959 m Cume

151

02/2020 Aconcagua Argentina 6959 m Cume

 

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Sobre o autor

Pedro Hauck natural de Itatiba-SP, desde 2007 vive em Curitiba-PR onde se tornou um ilustre conhecido. É formado em Geografia pela Unesp Rio Claro, possui mestrado em Geografia Física pela UFPR. Atualmente é sócio da Loja AltaMontanha, uma das mais conhecidas lojas especializadas em montanhismo no Brasil. É sócio da Soul Outdoor, agência especializada em ascensão em montanhas, trekking e cursos na área de montanhismo. Ele também é guia de montanha profissional e instrutor de escalada pela AGUIPERJ, única associação de guias de escalada profissional do Brasil. Ao longo de mais de 25 anos dedicados ao montanhismo, já escalou mais 140 montanhas com mais de 4 mil metros, destas, mais da metade com 6 mil metros e um 8 mil do Himalaia. Siga ele no Instagram @pehauck

13 Comentários

  1. Adriano Arlindo Bortoloso em

    Conheci o Delvô quando fui de bike do Brasil até o Chile. Passamos duas noites filosofando em Plaza de Mulas em janeiro/17, quando ele guiava um grupo totalmente inexperiente de brasileiros, sendo que um casal pediu resgate de helicóptero logo após chegar ao acampamento base.
    Era bem introspectivo e um ser que amava as montanhas.
    Descanse em paz!

    • Ester Ligória Nepomuceno em

      No início, quando soube da notícia, fiquei a espera de um milagre pois pra Deus nada é impossível…Mas quero deixar aqui o meu carinho, admiração e saudosa lembrança a Marcelo. Fui colega dele na Unisys. Excelente profissional. Ser humano de primeira grandeza. Amava as montanhas e encontrou nelas a sua felicidade plena…para os que acreditam na transcendência do homem.

  2. Valeska Buchemi de Oliveira em

    Grande Montahista. Experiente, muito técnico. Paciente e cuidadoso. Humilde e tranquilo. Buscava montanhas e cumes virgens e novas rotas, há muito tempo. Dono de uma inteligência unica e cheio de cultura pra compartilhar. Meu mestre, meu guia, minha referência. Meu amigo. Que saudades vou sentir de você. Obrigada por tanta coisa… Seu Espírito é LIVRE.

  3. Selma Amarante em

    Texto muito envolvente e bem escrito, sobre esse montanhista. A gente lê e fica pensando sobre essa paixão solitária de conhecer e apreciar locais inóspitos, afastados, silenciosos. Se gritou, a fenda engoliu sua única tentativa de socorro, e como Catão, ele permanecerá para sempre num lugar que amava sem limite. Atração fatal… Que Deus dê descanso à alma de Delvaux .Impossível não admirar a obstinação e a conduta pessoal de um sujeito assim.

  4. Teresa Maria de Oliveira Costa em

    Descanse em paz. Terminaram aqui suas rotas incansavelmente procuradas e muitas alcançadas. Gratidão.

  5. Não o conheci pessoalmente, mas acreditando na espiritualidade, acredito que realmente ele está livre, encontrou a transcendência de seu ser e como amante das montanhas, sua alma se acalenta nos braços da Grande Montanha. Ele realmente encontrou o verdadeiro sentimento de saber o que é viver além do limite..Sei que está bem..

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