Cabeças D’água e quedas, os perigos ocultos nas cachoeiras

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Essa semana várias notícias envolvendo acidentes em cachoeiras assustaram a comunidade de aventureiros. Cabeças D’água e uma queda ocasionaram fatalidades nesses locais tão procurados nessa época. Todavia, é possível evitar esses riscos?

Rapaz é arrastado pela correnteza em cachoeira.

No verão a busca por lugares em meio a natureza para se refrescar e viver uma aventura  aumenta. Entretanto também aumentam os riscos como as Cabeças D’água, escorregões e até mesmo a picada de animais peçonhentos. Nesse último final de semana a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil se São Paulo (CEPDEC/SP) registrou cinco desaparecimentos após o fenômeno de Cabeça D’água.

Um jovem de 23 anos foi arrastado pela correnteza em uma cachoeira na Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele passeava com a família e não conseguiu sair da água a tempo. Um vídeo divulgado pelo G1 mostra o momento desse acidente. Quase no mesmo horário, um casal também foi surpreendido pela grande enxurrada e desapareceu na Cachoeira Véu da Noiva, na trilha do elefante em Bertioga.

Outras duas pessoas, um homem e uma mulher, também foram arrastados por uma Cabeça D’água em outra cachoeira. Desta vez foi na Cachoeira do Pereque, na cidade Cubatão. Além disso, outras nove pessoas precisaram ser resgatadas pelos bombeiros após ficarem ilhadas em um rio.

Também nesse final de semana uma mulher de 28 anos morreu ao escorregar do alto da Cachoeira da Fumaça na Serra do Mar, em São Paulo. Ela estava com o marido e o cunhado quando caiu de aproximadamente 15 metros. Testemunhas disseram que ela se desequilibrou enquanto tentava fazer uma selfie.

Como evitar?

Em casos de Cabeça D’água o volume da correnteza aumentam muito rápido. O fenômeno pode acontecer mesmo que não esteja chovendo no local, visto que pode ter chovido forte em uma região mais acima do rio.

Por isso, ao visitar cachoeiras ou realizar outras atividades outdoor, é sempre indicado que se observe a previsão do tempo e se evite ir a esses locais em dias com chuva. Também é importante observar presença de folhas, o aumento do volume do som de cascata e a mudança da cor da água que são alguns dos indicativos do fenômeno. Ao notar a presença de qualquer um desses sinais, deve-se imediatamente sair da água.

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É preciso lembrar também que as regiões de rio e cachoeiras, principalmente na Serra do Mar, são úmidas e escorregadias por natureza. Por isso, deve se evitar subir em pedras na beirada da queda d’água, ou mesmo em seu topo.

 

 

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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