Campanha alerta para prejuízos da coleta de pinhão antecipada

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Ainda estamos no verão, mas as Araucárias já começaram a mostrar suas pinhas repletas de pinhões. Por isso, uma campanha do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER) veiculada no Rio Grande do Sul busca alertar para os prejuízos causados à natureza provocados pela coleta antecipada dessa deliciosa semente. A ação pede que os pinhões só sejam coletados, vendidos ou comprados após o dia 1º de abril na Rota do Sol, que vai de Tainhas e Terra de Areia.

Se você gosta de pinhão, evite colher, comprar ou consumir antes do dia 1º de abril, diz a campanha. Foto: Divulgação

Essa estrada passa por uma importante área de preservação ambiental que abrange as Unidades de Conservação: Estação Ecológica Estadual Aratinga, Área de Proteção Ambiental Rota do Sol e Reserva Biológica Estadual Mata Paludosa. No entanto o alerta vale para todos os estados do sul do país e também para São Paulo e Minas Gerais que também possuem essa árvore em sua vegetação.

De acordo com informações, o pinhão é uma fonte importante de alimento para cerca de 70 espécies de animais, e respeitar a época de colheita é fundamental para que a fauna tenha tempo para aproveitar essas sementes.

Por sua vez, além de se alimentarem e alimentarem seus filhotes e garantir boas reservas antes do inverno, essas espécies de animais consumidoras de pinhões também ajudam a dispersar as sementes, contribuindo assim para a preservação dessa árvore ameaçada de extinção.

O pinhão verde pode ainda causar danos à saúde dos Seres Humanos como má digestão, náuseas e até constipação. Além de ter um gosto ruim devido a grande quantidade de amido e de água presentes nas sementes.  Para saber se ela está própria para consumo é necessário verificar se ela está firme, possui cor amarelo-marrom e sem manchas.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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